1 de julho de 2013

NOMOFOBIA



Nomofobia.
Fonte: site do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Patrycia Araujo – Médica de Família do CMS Vila Canoas.



Na década de noventa, a primeira companhia de celular chegava ao Brasil, comercializando telefones móveis, grandes, difíceis de carregar, e que quase não se via pelas ruas do país. Hoje, o aparelho tornou-se um dos objetos de consumo mais populares para adultos e crianças. Assim como a tecnologia se desenvolveu, trazendo facilidade para quem a usa, trouxe também uma conseqüência para alguns usuários: a dependência. O fenômeno já foi batizado de nomofobia pelos especialistas, que significa “no móbile”, ou medo de estar sem celular na tradução literal. A síndrome causa ansiedade, pânico, impotência, angústia, e surge quando alguém se sente impossibilitado de se comunicar por estar sem o aparelho. A pessoa não consegue se desprender da tecnologia, deixa o aparelho ligado 24 horas por dia, inclusive na hora em que vai ao banheiro ou na hora de dormir.

Os sintomas mais freqüentes são: abandonar tudo o que faz para atender o celular, nunca deixar o aparelho sem bateria, não carregar o celular na bolsa, bolso ou similares, preferindo carregá-lo na mão para que possa atender imediatamente, nunca esquecer o celular em casa e, se isso acontece, volta de onde está para pegá-lo, sente-se mal quando acaba a bateria, quando perde o aparelho ou pensa que perdeu. 

Segundo o site do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, a nomofobia não diz respeito somente ao aparelho celular, mas também a qualquer tecnologia que deixe as pessoas conectadas, como computadores e notebooks.

Só no Brasil, os números de aparelhos de telefonia móvel vendidos são impressionantes, principalmente porque é maior que a população. Isso mostra como as pessoas estão cada vez mais dependentes, e passaram a usar mais de um telefone. Antigamente, as janela das casas eram grandes, pois era uma forma de se comunicar com o mundo. Hoje, as janelas estão cada vez menores, e as TVs cada vez maiores. Essa é a nova conexão com o mundo. O mais preocupante é que qualquer um está sujeito à fobia, mas o alvo mais comum são os jovens.

Os jovens já nasceram nesse mundo tecnológico, e já usam uma linguagem própria quando estão no computador, o que traz prejuízo de aprendizado, já que abreviam e não acentuam quase nenhuma palavra. Além disso, os adolescentes, por possuírem uma renda controlada pelos pais, estão se acostumando cada vez mais a usarem os sms ou torpedos como forma comunicação, já que é mais barato, mais prático e econômico para eles. Não dá para tirar totalmente o celular da vida de alguém. O importante é usar o bom senso para não se viciar.

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