Anafilaxia.
Fonte: site da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Patrycia Araujo – Médica de Família do CMS
Vila Canoas.
E-mail: patryciaa@yahoo.com.br
Pacientes asmáticos têm maiores taxas de anafilaxia e, quanto mais severa a asma, maior o aumento no risco, de acordo com estudo recente publicado no site da Sociedade Brasileira de Pediatria. O risco de anafilaxia foi duas vezes maior em pacientes com asma não-severa, comparados com não asmáticos, e três vezes maior no grupo com asma severa. Mulheres asmáticas tiveram maior risco de anafilaxia que homens (22,65 contra 19,56 por 100.000 pessoas/ano). Este estudo é um dos primeiros a avaliar a freqüência da anafilaxia em pacientes com asma, realizado pelo Centro Espanhol para Pesquisa Farmaco-epidemiológica de Madri, com uma amostra randômica de 177.000 crianças e adultos com asma, sendo 45.103 (25,5%) com doença severa, e 200.000 pessoas sem asma. As informações desses indivíduos vieram do Health Improvement Network, um registro de dados de indivíduos de 10 a 79 anos. Todos os pacientes tiveram pelo menos um contato com clínico geral no ano anterior à admissão no estudo. Entre 1996 e 2005, houve 382 casos incidentes de anafilaxia, incluindo 262 casos na coorte de asma. A incidência de anafilaxia (por 100.000 pessoas/ano) foi de 50,45 na coorte de asma e 21,28 na saudável. A incidência foi maior em pacientes com asma severa que naqueles com asma não-severa (65,35 contra 43,01 por 100.000 pessoas/ano). Dentro da população geral com asma, alergias a medicamentos e alimentos foram as causas mais comuns de anafilaxia. Em participantes com e sem asma, o risco de anafilaxia foi aumentada entre aqueles com rinite alérgica (1,76 e 1,61 respectivamente) ou dermatite atópica (1,69 e 2,83), e naqueles tomando antihistamínicos, esteróides orais ou antibióticos. Ninguém no estudo faleceu, que é um achado consistente com a baixa letalidade para anafilaxia relatada em estudos anteriores.
0 comentários:
Postar um comentário