Câncer de Mama.
Fonte: 37º Congresso de
Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro / Abril de 2013.
Patrycia Araujo – Médica de Família do CMS Vila Canoas.
E-mail: patryciaa@yahoo.com.br
Recentemente apresentado na Jornada Paulista de Radiologia,
a Tomossíntese, ou Mamografia em 3D, elimina a superposição de tecidos, melhora
a visualização dos contornos das lesões, e aumenta entre 10% e 15% a detecção
da doença, de acordo com estudos iniciais. Além de permitir a detecção de
tumores menores, o método reduz de forma relevante o número de pacientes
submetidas a biópsias por conta de falsos positivos. A tomossíntese representa
um importante avanço na detecção do câncer da mama. Como o Brasil conta com centros
e profissionais que são referência internacional na área de mastologia, é
natural que a introdução dessa nova tecnologia para diagnóstico de câncer da
mama ocorra simultaneamente a outros centros de referência mundial. Dados do
Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelam que as taxas de mortalidade por
câncer de mama no Brasil continuam elevadas, provavelmente porque a doença
ainda é diagnosticada em estágio avançado. Em 2010, houve quase 50 mil novos
casos da doença, sendo que para mais de 11 mil mulheres o câncer de mama foi
fatal.
Mulheres com mais de 40 anos, ou mais cedo, se houver
histórico familiar, devem se submeter à mamografia anualmente. O método
continua sendo muito eficiente na detecção precoce de câncer da mama, podendo
reduzir consideravelmente o índice de mortalidade, o custo do tratamento e,
principalmente, o desgaste emocional da paciente. Em termos de tecnologia, a
mamografia digital 2D é um avanço importante em relação à mamografia analógica
convencional. Já a tomossíntese, de acordo com estudos recentes, surge como uma
tecnologia capaz de detectar lesões que antes passariam despercebidas na
mamografia digital 2D. A detecção de tumores menores permite recorrer a
cirurgias menos mutilantes, resulta em menor custo global do tratamento, maior
sobrevida e melhor qualidade de vida das pacientes.
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