30 de julho de 2013
Hérnia de disco.
Patrycia Araujo – Médica do CMS Vila
Canoas.
E-mail: prmaraujo@hotmail.com
A coluna vertebral é composta por vértebras
em cujo interior existe um canal por onde passa a medula espinhal ou medula
nervosa, como ilustra o desenho abaixo:
Entre as vértebras estão localizados os
discos intervertebrais, cartilaginoso e elástico, que tem o objetivo de evitar
o atrito entre as vértebras, e amortecer o impacto. Esses discos se desgastam
com o tempo e com o uso repetitivo, o que facilita a formação de hérnias de
disco e a saída da massa discal através de uma ruptura da parede do anel
fibroso. Isso resulta em uma compressão da raiz nervosa que sai da coluna,
causando dor, como ilustra o desenho abaixo:
Sinais
e sintomas: dor e formigamento na coluna, que pode irradiar para braços
(cervical) ou pernas (lombar), dor em pescoço, dor em ombros, sensação de fraqueza em
pernas e / ou braços.
Diagnóstico: exame clínico,
Ressonância Nuclear Magnética.
Tratamento: fisioterapia,
acupuntura, analgésicos, ou cirurgia para descomprimir a raiz nervosa comprimida
pela hérnia, dependendo do quadro clínico e da gravidade da lesão.
Divulgue essas informações, e seja um
multiplicador de saúde!!
27 de julho de 2013
GLAUCOMA
Glaucoma.
Patrycia
Araujo – Médica do CMS Vila Canoas.
E-mail: prmaraujo@hotmail.com
A maioria dos portadores de glaucoma
não sabe que sofre da doença já que, normalmente, o problema não apresenta
sintomas. O Glaucoma Crônico pode se desenvolver sem sintomas e provocar perda
irreversível da visão. O olho produz um
líquido claro que tem a função de hidratar e lubrificar, e que é drenado para
fora através de pequenas aberturas microscópicas ao redor da íris (parte
colorida do olho). Quando essas aberturas fecham, a pressão aumenta dentro do
olho. Esse aumento da Pressão Ocular pode comprometer o nervo óptico, devido às
alterações circulatórias, e causar cegueira.
Existem
diversos tipos de glaucoma. O Glaucoma Crônico é mais freqüente em pessoas com
mais de 40 anos; o congênito é quando se nasce com o problema; no agudo a
pressão arterial sofre uma elevação rápida, e causa uma dor tão intensa que o
paciente pode ter náuseas e vômitos; já o secundário pode aparecer em
decorrência de outras enfermidades.
A doença
pode se manifestar por meio de alguns sinais, como fotofobia (sensibilidade à
luz), diminuição visual rápida, pupilas que não reagem à luz, olho vermelho,
lacrimejamento, dor de cabeça, náuseas e vômitos.
Um dos fatores que influenciam no surgimento do glaucoma, é a questão
genética. O glaucoma é uma doença de caráter hereditário e, por isso, em
famílias de portadores de glaucoma, há a necessidade de que todos façam os
exames preventivos. O acompanhamento oftalmológico deve ser feito desde o
nascimento da criança, caso apresente fotofobia intensa ou olhos que lacrimejam
muito, que podem ser indícios de glaucoma congênito.
Essa enfermidade pode
causar uma cegueira irreversível, mas o diagnóstico precoce amplia as chances
de controle.
24 de julho de 2013
CÂNCER DE PELE - MELANOMA
Melanoma.
Patrycia Araujo – Médica do CMS Vila
Canoas.
E-mail: prmaraujo@hotmail.com
Se você notar alguma marca suspeita na
pele, consulte seu médico assim que possível. Qualquer alteração na aparência de
uma lesão pigmentada ao longo do tempo é um sinal de alerta, assim como se
qualquer formação existente na pele mudar de cor, tamanho ou textura, ou se uma
lesão existente apresentar dor, inchaço, sangramento ou coceira
Melanoma é um
tipo de câncer que atinge a pele. Representa 5% dos tipos de câncer da pele,
sendo o mais grave. Ele é a principal causa de morte
entre as doenças de pele. O melanoma origina-se nos melanócitos, células
localizadas na epiderme, responsáveis pela produção de melanina e, portanto, pela
cor da pele e do cabelo. É sempre maligno.
O tratamento e
prognóstico dos melanomas depende do tempo evolução da doença, e do grau de
invasão.
O melanoma é uma
entidade das mais intrigantes em medicina diagnóstica. Existem lesões que são
características por um lado, mas há lesões que são pouco características (os
critérios para classificação não se apresentam de modo conclusivo). Assim, não
é infrequente a presença de melanomas que possuem aspectos encontrados em
outras doenças (até mesmo aspectos vistos em doenças benignas).
Em geral, para um
melanoma cutâneo, é costume usar uma regra mnemônica para avaliação destas lesões,
conhecida como ABCD.
A de Assimetria,
porque a lesão possui formato irregular.
B tem a ver com Bordas
irregulares, ou seja, os limites externos se mostram irregulares.
C de Coloração
variada, com diferentes tonalidades de cor, por vezes sem melanina. Em áreas
intratumorais, por vezes nota-se coloração semelhante à da pele adjacente
normal.
D de Diâmetro
da lesão, que é maior que 6 milímetros.
Muitas vezes, os
melanomas malignos cutâneos não apresentam estes itens descritos. Além disso,
muitas vezes há a concomitância com lesões benignas. Alguns estudos sugerem que
melanomas malignos cutâneos podem surgir a partir de lesões benignas
pré-existentes. Neste caso, ainda mais se a lesão possui grandes dimensões, é
possível que na primeira biópsia para o diagnóstico microscópico tenha sido
representada grande parte do espectro benigno da doença, gerando uma biópsia
falso-negativa.
Deve-se dar
preferência à biópsia excisional (quando se pretende retirar toda a lesão) para
tumores com até 2 cm de extensão na superfície da pele. No entanto, nem sempre
isso é possível ou a aparência da lesão para o cirurgião ou dermatologista não
é característica e, então, a representação para o médico patologista é de
apenas parte da lesão.
Levando em conta
que o diagnóstico precoce e a pronta retirada das lesões suspeitas é o
principal meio de se evitar a progressão desta doença, é crucial entender que
nem sempre o diagnóstico delas é algo livre de dificuldades. Pelo contrário,
isso significa que ainda teremos muitos estudos populacionais ou do mecanismo
como as células tumorais progridem, para que possamos melhorar ainda mais a
abordagem das pessoas afetadas por esta enfermidade.
Embora raramente,
os melanomas podem aparecer na boca, na íris dos olhos ou na retina, na parte posterior do olho. Eles podem ser detectados durante exames
odontológicos ou oftalmológicos. Embora seja muito raro, o melanoma também pode
se desenvolver na vagina, no esôfago, no ânus, no trato urinário e no
intestino delgado.
O risco de
desenvolver um melanoma aumenta com a idade.
Entretanto, a doença também afeta com frequência jovens e pessoas perfeitamente
saudáveis.
O desenvolvimento
do melanoma está relacionado à exposição ao sol ou à radiação ultravioleta,
principalmente em pessoas de pele clara, olhos verdes ou azuis, e cabelos
loiros ou ruivos.
Os riscos
associados ao melanoma são:
Viver em locais
de clima quente ou altas altitudes;
Exposição
prolongada a altos índices de luz solar ocasionada pelo trabalho ou outras
atividades;
Uma ou mais
queimaduras de sol com bolha durante a infância;
Uso de máquinas
de bronzeamento;
Parentes próximos
com histórico de melanoma;
Exposição a produtos
químicos que podem causar câncer, como arsênico, alcatrão de carvão e creosoto;
Presença de
determinados tipos de pintas (displásicas atípicas) ou diversas marcas de
nascença;
Sistema
imunológico deprimido por AIDS, leucemia, transplante de órgãos, alguns medicamentos
como corticóides.
As células de
pele com câncer e parte do tecido normal que cerca o câncer precisarão ser
retirados cirurgicamente. A quantidade de tecido normal retirada depende
principalmente da profundidade que o melanoma atingiu.
Se o câncer tiver
atingido os linfonodos próximos, esses linfonodos poderão também precisar ser
removidos.
O tratamento é
mais difícil para pacientes com um melanoma que já atingiu a pele e os
linfonodos próximos, e se espalhou para outros órgãos. O tratamento tem como
objetivo diminuir o tumor e amenizar os sintomas. A quimioterapia é
frequentemente usada para tratar os melanomas que retornaram ou se espalharam. Medicamentos
como o interferon ou interleucina, que estimulam o sistema imunológico a
combater o câncer, podem ser eficazes em conjunto com a quimioterapia e a
cirurgia. Esse tipo de tratamento é chamado de imunoterapia. Entretanto, o
interferon apresenta muitos efeitos colaterais e pode ser difícil de tolerar.
Os tratamentos
com radiação podem ser usados para aliviar a dor ou o desconforto causado pelo
câncer que se espalhou. O câncer que se espalhou para outras partes do corpo é,
às vezes, removido cirurgicamente para diminuir a dor ou o desconforto.
12 de julho de 2013
QUEM USA PRÓTESE MAMÁRIA DE SILICONE PODE FAZER MAMOGRAFIA?
A mamografia é o exame de escolha para rastreamento e detecção de câncer de mama, e deve ser realizada mesmo após a colocação de prótese mamária de silicone.
A prótese mamária de silicone não contra-indica a realização da mamografia.
Mulheres que tenham colocado prótese mamária de silicone podem e devem realizar mamografia normalmente, sem medo de danificar a prótese. Contudo, ela deve avisar ao técnico porque, nesse caso, faz-se incidências específicas para melhor viabilização do tecido mamário.
10 de julho de 2013
9 de julho de 2013
8 de julho de 2013
MIOMA
Mioma Uterino.
Fonte: 37º
Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro / Abril de 2013.
Patrycia Araujo – Médica do CMS Vila
Canoas.
E-mail: patryciaa@yahoo.com.br
Mulheres em idade reprodutiva vítimas de mioma
uterino podem contar com uma alternativa efetiva de tratamento menos invasivo,
que não requer a retirada do útero, órgão símbolo de
fertilidade, maternidade e feminilidade. Trata-se da embolização uterina, procedimento
minimamente invasivo que dura aproximadamente uma hora, sendo uma técnica não
cirúrgica. A paciente que possui mioma no útero sofre de sintomas
desconfortáveis, como intenso sangramento no período menstrual, fortes cólicas,
urgência urinária, dores pélvicas, dor durante relação
sexual, prisão de ventre e anemia.
Através da embolização uterina, é possível tratar estes
sintomas, assim como garantir o bem estar da mulher. O procedimento consiste na
obstrução do fluxo sanguíneo das artérias que nutrem o útero. A técnica não
interfere nas funções normais do órgão, que passa a ser nutrido por
circulações colaterais que mantêm sua vitalidade, e devolve a qualidade de vida
à paciente. A embolização uterina é realizada por meio de um corte de, no
máximo, dois
milímetros na região da virilha, onde se introduz um fino cateter até as
artérias uterinas.
Depois de localizado os miomas, são injetadas micro
partículas de gel insolúvel para obstruir estas artérias. Assim, os miomas
param de crescer ou até desaparecem. Este procedimento permite que a mulher
possa voltar a cumprir totalmente suas atividades diárias em quatro ou
sete dias, ao contrário das cirurgias de retirada do mioma ou de todo o útero,
em que a mulher necessita de pelo menos um mês de recuperação.
Embolização significa “fechar os vasos”, e é uma técnica
muito conceituada, além de possuir o maior grau de evidência científica
concedido pela Sociedade Americana de Ginecologia e Obstetrícia e pela
Sociedade de Radiologia Intervencionista Americana e Européia. A embolização
uterina é um método efetivo que controla os sintomas em até 92%. Outro ponto
positivo após este tratamento é que a mulher pode ter de 10% a 30% de chances
de engravidar, um dado expressivo já que, no caso da retirada do útero, isso não
é mais possível, podendo desencadear em muitas pacientes a depressão e a perda
de auto-estima.
A doença não apresenta grupo de risco, mas atinge
mulheres em idade fértil de 20 aos 45 anos. Os miomas se alimentam do hormônio
feminino Estrógeno. O importante é ressaltar que, quando bem indicada, a embolização
uterina pode efetivamente devolver a qualidade de vida às pacientes com um
procedimento minimamente invasivo, com baixos índices de complicação, e rápido
retorno da paciente às suas atividades profissionais e pessoais.
ANENCEFALIA
Anencefalia.
Fonte: 37º
Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro / Abril de 2013.
Patrycia Araujo – Médica do CMS Vila
Canoas.
E-mail: patryciaa@yahoo.com.br
Um feto com
anencefalia, malformação que impede o desenvolvimento do cérebro, da calota
craniana e do couro cabeludo, não tem qualquer chance de sobrevida. O problema é
irreversível e seu diagnóstico é 100% preciso. Apesar desta certeza, a lei
brasileira não permite a interrupção da gravidez nesta situação.
Para discutir essa questão com a sociedade
civil, o Grupo de Estudos sobre Aborto (GEA), em parceria com a Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realiza seminários sobre
anencefalia em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O pano de
fundo das discussões é o julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental (ADPF) nº 54, impetrada pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores da Saúde (CNTS), ADPF nº 54, que visa corrigir essa omissão da
lei, dando à mulher o direito de escolher entre interromper ou não a gravidez
quando a anencefalia for diagnosticada. Os seminários pretendem trazer aspectos
científicos, médicos e jurídicos sobre a questão, esclarecendo corretamente a
sociedade.
A incidência da anencefalia é alta no
Brasil, correspondendo a 1 para cada 700 nascidos vivos. Além disso, há uma
comprovada associação entre a anencefalia fetal e a frequência de complicações
na gravidez, o que aumenta o risco de morbi-mortalidade da mãe, além do
sofrimento psíquico da mãe. Apesar das evidências em favor do direito de escolha
da mulher, todas as tentativas de mudar a legislação, como projetos de lei e
liminar, foram em vão. Hoje, se uma mulher quiser interromper a gravidez de um
feto anencefálico, ela precisa recorrer à justiça, cuja decisão pode ser
favorável ou não.
3 de julho de 2013
CÂNCER DE MAMA
Câncer de Mama.
Fonte: 37º Congresso de
Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro / Abril de 2013.
Patrycia Araujo – Médica de Família do CMS Vila Canoas.
E-mail: patryciaa@yahoo.com.br
Recentemente apresentado na Jornada Paulista de Radiologia,
a Tomossíntese, ou Mamografia em 3D, elimina a superposição de tecidos, melhora
a visualização dos contornos das lesões, e aumenta entre 10% e 15% a detecção
da doença, de acordo com estudos iniciais. Além de permitir a detecção de
tumores menores, o método reduz de forma relevante o número de pacientes
submetidas a biópsias por conta de falsos positivos. A tomossíntese representa
um importante avanço na detecção do câncer da mama. Como o Brasil conta com centros
e profissionais que são referência internacional na área de mastologia, é
natural que a introdução dessa nova tecnologia para diagnóstico de câncer da
mama ocorra simultaneamente a outros centros de referência mundial. Dados do
Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelam que as taxas de mortalidade por
câncer de mama no Brasil continuam elevadas, provavelmente porque a doença
ainda é diagnosticada em estágio avançado. Em 2010, houve quase 50 mil novos
casos da doença, sendo que para mais de 11 mil mulheres o câncer de mama foi
fatal.
Mulheres com mais de 40 anos, ou mais cedo, se houver
histórico familiar, devem se submeter à mamografia anualmente. O método
continua sendo muito eficiente na detecção precoce de câncer da mama, podendo
reduzir consideravelmente o índice de mortalidade, o custo do tratamento e,
principalmente, o desgaste emocional da paciente. Em termos de tecnologia, a
mamografia digital 2D é um avanço importante em relação à mamografia analógica
convencional. Já a tomossíntese, de acordo com estudos recentes, surge como uma
tecnologia capaz de detectar lesões que antes passariam despercebidas na
mamografia digital 2D. A detecção de tumores menores permite recorrer a
cirurgias menos mutilantes, resulta em menor custo global do tratamento, maior
sobrevida e melhor qualidade de vida das pacientes.
2 de julho de 2013
HIGIENE DO SONO
Higiene do Sono.
Patrycia Araujo – Médica de Família do CMS Vila Canoas.
E-mail:
patryciaa@yahoo.com.br Seguem algumas dicas para dormir bem.
DOENÇA DO REFLUXO GASTRO-ESOFÁGIGO
Doença do Refluxo Gastro-esofágico (DRGE)
Fonte: Site da Federação Brasileira de
Gastroenterologia (FEBRASGO) www.fbg.org.br
Patrycia Araujo – Médica de Família do CMS Vila Canoas.
E-mail: patryciaa@yahoo.com.br
A Doença do Refluxo Gastro-esofágico (DRGE) se apresenta
como um conjunto de queixas que acompanha alterações no esôfago, resultantes do
refluxo (retorno) anormal do conteúdo estomacal, naturalmente ácido, para o
esôfago. O esôfago do adulto é um canal de 35 a 40 cm, que liga a boca ao
estômago. Ele é elástico. Na espessura de sua parede existem camadas musculares
recobertas internamente por uma delicada pele com o nome de mucosa, parecida
com o revestimento da boca. O início do esôfago fixa-se na parte inferior da
garganta, desce pelo mediastino, e cruza o diafragma através de um orifício
chamado hiato, poucos centímetros antes de se abrir no estômago. O mediastino é
a região entre os dois pulmões e o diafragma, e representa uma calota muscular
que divide o tórax do abdome. O esôfago tem ligamentos para o prender junto ao
hiato diafragmático e que contribuem para formar um tipo de válvula de retenção
para impedir o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago. Quando o esôfago
desliza para cima mais que 2 a 3 cm, traciona o estômago, e ambas as estruturas
se deslocam para o tórax. Decorre dessa alteração anatômica a Hérnia de Hiato
que, por sua vez, prejudica a válvula anti-refluxo. Quando o conteúdo do
estômago, em geral muito ácido, atinge a mucosa esofágica, este tecido reage
com um processo inflamatório, originando a Esofagite de Refluxo.
A causa mais comum de DRGE é a
incapacidade que tem o esfíncter
(válvula cárdia) inferior do esôfago de reter o
conteúdo do estômago, provocando a regurgitação. A Hérnia de Hiato, mesmo assintomática, é outro fator que pode
causar o refluxo. Acidez elevada, bem como excessiva produção de ácido
gástrico podem contribuir para a ocorrência da doença, além
de hipercalcemia e Colelitíase
(pedras na vesícula). Acrescenta-se
que a ingestão de alimentos condimentados, gordurosos, uso do fumo e álcool,
maus hábitos de alimentação, Obesidade, dormir logo após a refeição, e excesso
de comida nas refeições são fatores que ocasionam ou pioram os efeitos do
refluxo.
Azia/Pirose é a principal queixa, e raramente não ocorre.
Pode piorar, por exemplo, quando se dobra o peito sobre a barriga, ou quando se
deita com o estômago cheio. É referida como ardência ou queimação, correndo por
trás do esterno. A azia pode ser tão intensa como uma dor no peito, causando
impressão de infarto cardíaco. Pode ocorrer também um aumento da salivação, a
sialorréia, que é um reflexo natural, porque a deglutição dessa saliva alivia a
queimação, como se fosse um antiácido natural. A regurgitação é a percepção da
volta do conteúdo estomacal no sentido da boca, sem enjôo ou vômito,
freqüentemente com azedume ou amargor. Não raro determina tosse, pigarro e
alterações da voz e engasgo. A ocorrência de falta de ar com chiado no peito,
como a asma, pode ser desencadeada pelo refluxo. Sensações de bola na garganta,
desconforto ao engolir, fortes dores em aperto ou espasmos no meio do peito
representam uma desorganização das contrações faringo-esofágicas, responsáveis
por levarem ao estômago aquilo que ingerimos. Esses sintomas são considerados
complicações do refluxo, e levam o nome geral de dismotricidade esofágica. Dor
crônica no ouvido, náusea e sinusite também podem fazer
parte dos sintomas da DRGE.
Na criança, ainda no primeiro ano de vida, pode ocorrer um
refluxo gastro-esofágico excessivo, levando à devolução da mamada, engasgos,
choro excessivo e sono interrompido que, quando repetitivo, predispõe a
infecções e distúrbios respiratórios.
Entretanto, a ocorrência
eventual de pirose não significa um caso da doença, embora sua
ocorrência em períodos relativamente curtos seja indicativo de seu
desenvolvimento. Os sintomas de pirose e dor podem ser aliviados com a ingestão
de antiácidos. A
presença de bile refluída do duodeno parece ter
muita importância em um tipo mais grave de DRGE, chamado de Esôfago de Barrett, intimamente ligado ao câncer do
esôfago.
O relato do paciente adulto jovem pode levar ao diagnóstico,
sem necessidade de exames. A radiografia da transição esofagogástrica, enquanto
se deglute um contraste rádio-opaco, pode demonstrar tanto a hérnia, quanto o
refluxo.
A Endoscopia Digestiva Alta (EDA) é um exame para visualizar
o esôfago, estômago e duodeno, passando um fino feixe de fibras óticas através
da boca. A evolução da qualidade dos equipamentos, da eficiência da anestesia
local da garganta, a eficácia e a segurança da sedação do paciente tornaram a
endoscopia um exame simplificado. Além disso, pode ser repetida para controle
dos resultados do tratamento e, mais recentemente, para procedimentos
terapêuticos especiais. Uma tela recebe e amplifica com nitidez as imagens das
áreas sob inspeção direta, permitindo também fotos e filmes para reexaminar os
achados. Pode mostrar a incompetência da válvula de retenção gastro-esofágica e
a hérnia de hiato. O mais importante é que permite ver manchas vermelhas,
placas esbranquiçadas e úlceras, principalmente na mucosa do esôfago inferior,
sugestivas de graus variados da Esofagite de Refluxo. A endoscopia facilita a
coleta de material destas lesões para exame histopatológico, no qual se pode
definir a inflamação, avaliar um potencial cancerígeno e até diagnosticar o
câncer.
A Cintilografia do trânsito esôfago-gástrico é um método que
tem sido usado mais na criança em que se administra uma mamadeira normal,
contendo uma quantidade inofensiva de substância radioativa. A cintilografia
capta e registra imagens da radioatividade descendo para o estômago, ou do
estômago refluindo para o esôfago. É uma metodologia não invasiva, indolor e
ambulatorial. Entretanto, nem sempre capta o refluxo, pois este não é
permanente.
O estudo da pressão interna ao longo do esôfago
(Manometria), assim como a verificação do refluxo da acidez do estômago para o
esôfago (pHmetria de 24 horas) detectam variações naturais e anormalidades
capazes de diagnosticar a DRGE. São métodos que chegaram à rotina clínica há
relativamente poucos anos. Precisam ser usados quando os demais têm resultados
insatisfatórios, e para estudar parâmetros antes e depois do eventual
tratamento cirúrgico da doença do refluxo.
Em geral, o tratamento é clínico, com medidas educativas
associadas aos medicamentos. A vídeolaparoscopia vem facilitando o método
cirúrgico, aplicado a casos selecionados, com resultados muito bons.
Além de combater a obesidade, é importante evitar grandes
volumes às refeições, e de deitar nas primeiras duas horas seguintes. Algumas
pessoas beneficiam-se de dormir numa cama elevada pelos pés da cabeceira, em 20
a 25 cm. Outras, não se adaptam à posição, incham os pés, doem as costas, etc.
Há controvérsias sobre restrição de diversos alimentos. Ajudam no controle dos
sintomas algumas medidas como: evitar a bebida alcoólica, não deglutir líquidos
muito quentes, ingerir um mínimo de líquidos durante ou logo após as refeições,
evitar a ingestão de chá preto e café puro com estômago vazio.
Os medicamentos mais usados são os que diminuem o grau da
acidez no estômago e aqueles que inibem a produção de ácido pelas células do
estômago. Outros remédios de um grupo chamado de pró-cinéticos destinam-se a
facilitar o esvaziamento do conteúdo estomacal para o intestino, minimizando a
quantidade capaz de refluir para o esôfago. Uma queixa importante dos pacientes
é a recidiva dos sintomas, particularmente da azia, poucos dias após o término
dos medicamentos. Nesse momento, surge a questão do tratamento por tempo
indeterminado ou do tratamento cirúrgico. Vale dizer que o tratamento clínico
combate muito bem os sintomas, mas não modifica a hérnia hiatal e, poucas
vezes, muda o refluxo gastro-esofágico propriamente dito. Para os casos
mais graves e aqueles que não respondem ao tratamento clínico, pode estar
indicado o tratamento cirúrgico, que
consiste na correção da hérnia de hiato ou da incontinência do esfíncter
inferior do esôfago, através da confecção de uma válvula anti-refluxo
(fundoplicatura) com o fundo gástrico, que envolve total ou parcialmente o
esôfago. As vias de abordagens são a laparotomia
(método tradicional, com um corte vertical de cerca de 10-15 cm acima da
cicatriz umbilical), ou a laparoscopia
(método mais recente em que são realizadas 4 ou 5 pequenas incisões, de cerca
de 1 cm cada, por onde são inseridos o instrumental cirúrgico e uma pequena
câmera de vídeo). Recentemente foi aprovada a técnica endoscópica,
trans-oral, para a correção do refluxo.
1 de julho de 2013
CUIDADOS DE HIGIENE
Cuidados de higiene.
Patrycia Araujo – Médica de Família do CMS
Vila Canoas.
E-mail: patryciaa@yahoo.com.br
DENGUE
Dengue.
Patrycia Araujo – Médica de Família do CMS
Vila Canoas.
E-mail: patryciaa@yahoo.com.br
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.
Alimentação saudável.
Patrycia Araujo – Médica de Família do CMS
Vila Canoas.
E-mail: patryciaa@yahoo.com.br
ANAFILAXIA
Anafilaxia.
Fonte: site da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Patrycia Araujo – Médica de Família do CMS
Vila Canoas.
E-mail: patryciaa@yahoo.com.br
Pacientes asmáticos têm maiores taxas de anafilaxia e, quanto mais severa a asma, maior o aumento no risco, de acordo com estudo recente publicado no site da Sociedade Brasileira de Pediatria. O risco de anafilaxia foi duas vezes maior em pacientes com asma não-severa, comparados com não asmáticos, e três vezes maior no grupo com asma severa. Mulheres asmáticas tiveram maior risco de anafilaxia que homens (22,65 contra 19,56 por 100.000 pessoas/ano). Este estudo é um dos primeiros a avaliar a freqüência da anafilaxia em pacientes com asma, realizado pelo Centro Espanhol para Pesquisa Farmaco-epidemiológica de Madri, com uma amostra randômica de 177.000 crianças e adultos com asma, sendo 45.103 (25,5%) com doença severa, e 200.000 pessoas sem asma. As informações desses indivíduos vieram do Health Improvement Network, um registro de dados de indivíduos de 10 a 79 anos. Todos os pacientes tiveram pelo menos um contato com clínico geral no ano anterior à admissão no estudo. Entre 1996 e 2005, houve 382 casos incidentes de anafilaxia, incluindo 262 casos na coorte de asma. A incidência de anafilaxia (por 100.000 pessoas/ano) foi de 50,45 na coorte de asma e 21,28 na saudável. A incidência foi maior em pacientes com asma severa que naqueles com asma não-severa (65,35 contra 43,01 por 100.000 pessoas/ano). Dentro da população geral com asma, alergias a medicamentos e alimentos foram as causas mais comuns de anafilaxia. Em participantes com e sem asma, o risco de anafilaxia foi aumentada entre aqueles com rinite alérgica (1,76 e 1,61 respectivamente) ou dermatite atópica (1,69 e 2,83), e naqueles tomando antihistamínicos, esteróides orais ou antibióticos. Ninguém no estudo faleceu, que é um achado consistente com a baixa letalidade para anafilaxia relatada em estudos anteriores.