CMS VILA CANOAS

Estrada das Canoas, 610 - São Conrado - Rio de Janeiro - RJ | CEP: 22610-210 | ☎ Telefone: (21) 3322-6302
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30 de julho de 2013

HÉRNIA DE DISCO

HÉRNIA DE DISCO




Hérnia de disco.
Patrycia Araujo – Médica do CMS Vila Canoas.

A coluna vertebral é composta por vértebras em cujo interior existe um canal por onde passa a medula espinhal ou medula nervosa, como ilustra o desenho abaixo:



Entre as vértebras estão localizados os discos intervertebrais, cartilaginoso e elástico, que tem o objetivo de evitar o atrito entre as vértebras, e amortecer o impacto. Esses discos se desgastam com o tempo e com o uso repetitivo, o que facilita a formação de hérnias de disco e a saída da massa discal através de uma ruptura da parede do anel fibroso. Isso resulta em uma compressão da raiz nervosa que sai da coluna, causando dor, como ilustra o desenho abaixo:



Sinais e sintomas: dor e formigamento na coluna, que pode irradiar para braços (cervical) ou pernas (lombar), dor em pescoço, dor em ombros, sensação de fraqueza em pernas e / ou braços.

Diagnóstico: exame clínico, Ressonância Nuclear Magnética.

Tratamento: fisioterapia, acupuntura, analgésicos, ou cirurgia para descomprimir a raiz nervosa comprimida pela hérnia, dependendo do quadro clínico e da gravidade da lesão.


Divulgue essas informações, e seja um multiplicador de saúde!!

27 de julho de 2013

GLAUCOMA

GLAUCOMA



Glaucoma.
Fonte: Sociedade Brasileira de Oftalmologia
www.sboportal.org.br
Patrycia Araujo – Médica do CMS Vila Canoas.

A maioria dos portadores de glaucoma não sabe que sofre da doença já que, normalmente, o problema não apresenta sintomas. O Glaucoma Crônico pode se desenvolver sem sintomas e provocar perda irreversível da visão.  O olho produz um líquido claro que tem a função de hidratar e lubrificar, e que é drenado para fora através de pequenas aberturas microscópicas ao redor da íris (parte colorida do olho). Quando essas aberturas fecham, a pressão aumenta dentro do olho. Esse aumento da Pressão Ocular pode comprometer o nervo óptico, devido às alterações circulatórias, e causar cegueira.

Existem diversos tipos de glaucoma. O Glaucoma Crônico é mais freqüente em pessoas com mais de 40 anos; o congênito é quando se nasce com o problema; no agudo a pressão arterial sofre uma elevação rápida, e causa uma dor tão intensa que o paciente pode ter náuseas e vômitos; já o secundário pode aparecer em decorrência de outras enfermidades.

A doença pode se manifestar por meio de alguns sinais, como fotofobia (sensibilidade à luz), diminuição visual rápida, pupilas que não reagem à luz, olho vermelho, lacrimejamento, dor de cabeça, náuseas e vômitos.

Um dos fatores que influenciam no surgimento do glaucoma, é a questão genética. O glaucoma é uma doença de caráter hereditário e, por isso, em famílias de portadores de glaucoma, há a necessidade de que todos façam os exames preventivos. O acompanhamento oftalmológico deve ser feito desde o nascimento da criança, caso apresente fotofobia intensa ou olhos que lacrimejam muito, que podem ser indícios de glaucoma congênito.

Essa enfermidade pode causar uma cegueira irreversível, mas o diagnóstico precoce amplia as chances de controle.

24 de julho de 2013

CÂNCER DE PELE - MELANOMA

CÂNCER DE PELE - MELANOMA




Melanoma.
Patrycia Araujo – Médica do CMS Vila Canoas.



Se você notar alguma marca suspeita na pele, consulte seu médico assim que possível. Qualquer alteração na aparência de uma lesão pigmentada ao longo do tempo é um sinal de alerta, assim como se qualquer formação existente na pele mudar de cor, tamanho ou textura, ou se uma lesão existente apresentar dor, inchaço, sangramento ou coceira

Melanoma é um tipo de câncer que atinge a pele. Representa 5% dos tipos de câncer da pele, sendo o mais grave. Ele é a principal causa de morte entre as doenças de pele. O melanoma origina-se nos melanócitos, células localizadas na epiderme, responsáveis pela produção de melanina e, portanto, pela cor da pele e do cabelo. É sempre maligno.

O tratamento e prognóstico dos melanomas depende do tempo evolução da doença, e do grau de invasão.

O melanoma é uma entidade das mais intrigantes em medicina diagnóstica. Existem lesões que são características por um lado, mas há lesões que são pouco características (os critérios para classificação não se apresentam de modo conclusivo). Assim, não é infrequente a presença de melanomas que possuem aspectos encontrados em outras doenças (até mesmo aspectos vistos em doenças benignas).

Em geral, para um melanoma cutâneo, é costume usar uma regra mnemônica para avaliação destas lesões, conhecida como ABCD.
A de Assimetria, porque a lesão possui formato irregular.
B tem a ver com Bordas irregulares, ou seja, os limites externos se mostram irregulares.
C de Coloração variada, com diferentes tonalidades de cor, por vezes sem melanina. Em áreas intratumorais, por vezes nota-se coloração semelhante à da pele adjacente normal.
D de Diâmetro da lesão, que é maior que 6 milímetros.

Muitas vezes, os melanomas malignos cutâneos não apresentam estes itens descritos. Além disso, muitas vezes há a concomitância com lesões benignas. Alguns estudos sugerem que melanomas malignos cutâneos podem surgir a partir de lesões benignas pré-existentes. Neste caso, ainda mais se a lesão possui grandes dimensões, é possível que na primeira biópsia para o diagnóstico microscópico tenha sido representada grande parte do espectro benigno da doença, gerando uma biópsia falso-negativa.

Deve-se dar preferência à biópsia excisional (quando se pretende retirar toda a lesão) para tumores com até 2 cm de extensão na superfície da pele. No entanto, nem sempre isso é possível ou a aparência da lesão para o cirurgião ou dermatologista não é característica e, então, a representação para o médico patologista é de apenas parte da lesão.

Levando em conta que o diagnóstico precoce e a pronta retirada das lesões suspeitas é o principal meio de se evitar a progressão desta doença, é crucial entender que nem sempre o diagnóstico delas é algo livre de dificuldades. Pelo contrário, isso significa que ainda teremos muitos estudos populacionais ou do mecanismo como as células tumorais progridem, para que possamos melhorar ainda mais a abordagem das pessoas afetadas por esta enfermidade.

Embora raramente, os melanomas podem aparecer na boca, na íris dos olhos ou na retina, na parte posterior do olho. Eles podem ser detectados durante exames odontológicos ou oftalmológicos. Embora seja muito raro, o melanoma também pode se desenvolver na vagina, no esôfago, no ânus, no trato urinário e no intestino delgado.

O risco de desenvolver um melanoma aumenta com a idade. Entretanto, a doença também afeta com frequência jovens e pessoas perfeitamente saudáveis.

O desenvolvimento do melanoma está relacionado à exposição ao sol ou à radiação ultravioleta, principalmente em pessoas de pele clara, olhos verdes ou azuis, e cabelos loiros ou ruivos.

Os riscos associados ao melanoma são:
Viver em locais de clima quente ou altas altitudes;
Exposição prolongada a altos índices de luz solar ocasionada pelo trabalho ou outras atividades;
Uma ou mais queimaduras de sol com bolha durante a infância;
Uso de máquinas de bronzeamento;
Parentes próximos com histórico de melanoma;
Exposição a produtos químicos que podem causar câncer, como arsênico, alcatrão de carvão e creosoto;
Presença de determinados tipos de pintas (displásicas atípicas) ou diversas marcas de nascença;
Sistema imunológico deprimido por AIDS, leucemia, transplante de órgãos, alguns medicamentos como corticóides.

As células de pele com câncer e parte do tecido normal que cerca o câncer precisarão ser retirados cirurgicamente. A quantidade de tecido normal retirada depende principalmente da profundidade que o melanoma atingiu.

Se o câncer tiver atingido os linfonodos próximos, esses linfonodos poderão também precisar ser removidos.

O tratamento é mais difícil para pacientes com um melanoma que já atingiu a pele e os linfonodos próximos, e se espalhou para outros órgãos. O tratamento tem como objetivo diminuir o tumor e amenizar os sintomas. A quimioterapia é frequentemente usada para tratar os melanomas que retornaram ou se espalharam. Medicamentos como o interferon ou interleucina, que estimulam o sistema imunológico a combater o câncer, podem ser eficazes em conjunto com a quimioterapia e a cirurgia. Esse tipo de tratamento é chamado de imunoterapia. Entretanto, o interferon apresenta muitos efeitos colaterais e pode ser difícil de tolerar.


Os tratamentos com radiação podem ser usados para aliviar a dor ou o desconforto causado pelo câncer que se espalhou. O câncer que se espalhou para outras partes do corpo é, às vezes, removido cirurgicamente para diminuir a dor ou o desconforto.

12 de julho de 2013

QUEM USA PRÓTESE MAMÁRIA DE SILICONE PODE FAZER MAMOGRAFIA?

QUEM USA PRÓTESE MAMÁRIA DE SILICONE PODE FAZER MAMOGRAFIA?




A mamografia é o exame de escolha para rastreamento e detecção de câncer de mama, e deve ser realizada mesmo após a colocação de prótese mamária de silicone.

A prótese mamária de silicone não contra-indica a realização da mamografia.

Mulheres que tenham colocado prótese mamária de silicone podem e devem realizar mamografia normalmente, sem medo de danificar a prótese. Contudo, ela deve avisar ao técnico porque, nesse caso, faz-se incidências específicas para melhor viabilização do tecido mamário.

10 de julho de 2013

BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA

BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA



Conheça os benefícios da atividade física para a sua saúde:
Patrycia Araujo - Médica do CMS Vila Canoas
E-mail: patryciaa@yahoo.com.br 






9 de julho de 2013

CRISE CONVULSIVA: O QUE FAZER?

CRISE CONVULSIVA: O QUE FAZER?




Saiba o que fazer diante de alguém que está tendo uma crise convulsiva.


O QUE ACONTECE QUANDO VOCÊ PÁRA DE FUMAR?

O QUE ACONTECE QUANDO VOCÊ PÁRA DE FUMAR?




Saiba o que acontece quando você para de fumar.
Patrycia Araujo - Médica do CMS Vila Canoas
E-mail: patryciaa@yahoo.com.br 


O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE HIPERTENSÃO ARTERIAL

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE HIPERTENSÃO ARTERIAL




Atenção para os principais sinais, sintomas, fatores de riscos e prejuízos para a sua saúde da Hipertensão Arterial.

Patrycia Araujo - Médica do CMS Vila Canoas
E-mail: patryciaa@yahoo.com.br 


RINITE ALÉRGICA - SINAIS E SINTOMAS

RINITE ALÉRGICA - SINAIS E SINTOMAS




Conheça os principais sinais e sintomas da Rinite Alérgica.
Patrycia Araujo - Médica do CMS Vila Canoas.
E-mail: patryciaa@yahoo.com.br 

8 de julho de 2013

MIOMA

MIOMA



Mioma Uterino.
Fonte: 37º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro / Abril de 2013.
Patrycia Araujo – Médica do CMS Vila Canoas.







Mulheres em idade reprodutiva vítimas de mioma uterino podem contar com uma alternativa efetiva de tratamento menos invasivo, que não requer a retirada do útero, órgão símbolo de fertilidade, maternidade e feminilidade. Trata-se da embolização uterina, procedimento minimamente invasivo que dura aproximadamente uma hora, sendo uma técnica não cirúrgica. A paciente que possui mioma no útero sofre de sintomas desconfortáveis, como intenso sangramento no período menstrual, fortes cólicas, urgência urinária, dores pélvicas, dor durante relação sexual, prisão de ventre e anemia.

Através da embolização uterina, é possível tratar estes sintomas, assim como garantir o bem estar da mulher. O procedimento consiste na obstrução do fluxo sanguíneo das artérias que nutrem o útero. A técnica não interfere nas funções normais do órgão, que passa a ser nutrido por circulações colaterais que mantêm sua vitalidade, e devolve a qualidade de vida à paciente. A embolização uterina é realizada por meio de um corte de, no máximo, dois milímetros na região da virilha, onde se introduz um fino cateter até as artérias uterinas.

Depois de localizado os miomas, são injetadas micro partículas de gel insolúvel para obstruir estas artérias. Assim, os miomas param de crescer ou até desaparecem. Este procedimento permite que a mulher possa voltar a cumprir totalmente suas atividades diárias em quatro ou sete dias, ao contrário das cirurgias de retirada do mioma ou de todo o útero, em que a mulher necessita de pelo menos um mês de recuperação.

Embolização significa “fechar os vasos”, e é uma técnica muito conceituada, além de possuir o maior grau de evidência científica concedido pela Sociedade Americana de Ginecologia e Obstetrícia e pela Sociedade de Radiologia Intervencionista Americana e Européia. A embolização uterina é um método efetivo que controla os sintomas em até 92%. Outro ponto positivo após este tratamento é que a mulher pode ter de 10% a 30% de chances de engravidar, um dado expressivo já que, no caso da retirada do útero, isso não é mais possível, podendo desencadear em muitas pacientes a depressão e a perda de auto-estima.


A doença não apresenta grupo de risco, mas atinge mulheres em idade fértil de 20 aos 45 anos. Os miomas se alimentam do hormônio feminino Estrógeno. O importante é ressaltar que, quando bem indicada, a embolização uterina pode efetivamente devolver a qualidade de vida às pacientes com um procedimento minimamente invasivo, com baixos índices de complicação, e rápido retorno da paciente às suas atividades profissionais e pessoais.

ANENCEFALIA

ANENCEFALIA



Anencefalia.
Fonte: 37º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro / Abril de 2013.
Patrycia Araujo – Médica do CMS Vila Canoas.

Um feto com anencefalia, malformação que impede o desenvolvimento do cérebro, da calota craniana e do couro cabeludo, não tem qualquer chance de sobrevida. O problema é irreversível e seu diagnóstico é 100% preciso. Apesar desta certeza, a lei brasileira não permite a interrupção da gravidez nesta situação.

Para discutir essa questão com a sociedade civil, o Grupo de Estudos sobre Aborto (GEA), em parceria com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realiza seminários sobre anencefalia em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O pano de fundo das discussões é o julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 54, impetrada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Saúde (CNTS), ADPF nº 54, que visa corrigir essa omissão da lei, dando à mulher o direito de escolher entre interromper ou não a gravidez quando a anencefalia for diagnosticada. Os seminários pretendem trazer aspectos científicos, médicos e jurídicos sobre a questão, esclarecendo corretamente a sociedade.


A incidência da anencefalia é alta no Brasil, correspondendo a 1 para cada 700 nascidos vivos. Além disso, há uma comprovada associação entre a anencefalia fetal e a frequência de complicações na gravidez, o que aumenta o risco de morbi-mortalidade da mãe, além do sofrimento psíquico da mãe. Apesar das evidências em favor do direito de escolha da mulher, todas as tentativas de mudar a legislação, como projetos de lei e liminar, foram em vão. Hoje, se uma mulher quiser interromper a gravidez de um feto anencefálico, ela precisa recorrer à justiça, cuja decisão pode ser favorável ou não.

3 de julho de 2013

CÂNCER DE MAMA

CÂNCER DE MAMA



Câncer de Mama.
Fonte: 37º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro / Abril de 2013.
Patrycia Araujo – Médica de Família do CMS Vila Canoas.



Recentemente apresentado na Jornada Paulista de Radiologia, a Tomossíntese, ou Mamografia em 3D, elimina a superposição de tecidos, melhora a visualização dos contornos das lesões, e aumenta entre 10% e 15% a detecção da doença, de acordo com estudos iniciais. Além de permitir a detecção de tumores menores, o método reduz de forma relevante o número de pacientes submetidas a biópsias por conta de falsos positivos. A tomossíntese representa um importante avanço na detecção do câncer da mama. Como o Brasil conta com centros e profissionais que são referência internacional na área de mastologia, é natural que a introdução dessa nova tecnologia para diagnóstico de câncer da mama ocorra simultaneamente a outros centros de referência mundial. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelam que as taxas de mortalidade por câncer de mama no Brasil continuam elevadas, provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágio avançado. Em 2010, houve quase 50 mil novos casos da doença, sendo que para mais de 11 mil mulheres o câncer de mama foi fatal.


Mulheres com mais de 40 anos, ou mais cedo, se houver histórico familiar, devem se submeter à mamografia anualmente. O método continua sendo muito eficiente na detecção precoce de câncer da mama, podendo reduzir consideravelmente o índice de mortalidade, o custo do tratamento e, principalmente, o desgaste emocional da paciente. Em termos de tecnologia, a mamografia digital 2D é um avanço importante em relação à mamografia analógica convencional. Já a tomossíntese, de acordo com estudos recentes, surge como uma tecnologia capaz de detectar lesões que antes passariam despercebidas na mamografia digital 2D. A detecção de tumores menores permite recorrer a cirurgias menos mutilantes, resulta em menor custo global do tratamento, maior sobrevida e melhor qualidade de vida das pacientes.

2 de julho de 2013

HIGIENE DO SONO

HIGIENE DO SONO



Higiene do Sono.
Patrycia Araujo – Médica de Família do CMS Vila Canoas.
E-mail: patryciaa@yahoo.com.br 

Seguem algumas dicas para dormir bem.




DOENÇA DO REFLUXO GASTRO-ESOFÁGIGO

DOENÇA DO REFLUXO GASTRO-ESOFÁGIGO




Doença do Refluxo Gastro-esofágico (DRGE)
Fonte: Site da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FEBRASGO) www.fbg.org.br
Patrycia Araujo – Médica de Família do CMS Vila Canoas.





A Doença do Refluxo Gastro-esofágico (DRGE) se apresenta como um conjunto de queixas que acompanha alterações no esôfago, resultantes do refluxo (retorno) anormal do conteúdo estomacal, naturalmente ácido, para o esôfago. O esôfago do adulto é um canal de 35 a 40 cm, que liga a boca ao estômago. Ele é elástico. Na espessura de sua parede existem camadas musculares recobertas internamente por uma delicada pele com o nome de mucosa, parecida com o revestimento da boca. O início do esôfago fixa-se na parte inferior da garganta, desce pelo mediastino, e cruza o diafragma através de um orifício chamado hiato, poucos centímetros antes de se abrir no estômago. O mediastino é a região entre os dois pulmões e o diafragma, e representa uma calota muscular que divide o tórax do abdome. O esôfago tem ligamentos para o prender junto ao hiato diafragmático e que contribuem para formar um tipo de válvula de retenção para impedir o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago. Quando o esôfago desliza para cima mais que 2 a 3 cm, traciona o estômago, e ambas as estruturas se deslocam para o tórax. Decorre dessa alteração anatômica a Hérnia de Hiato que, por sua vez, prejudica a válvula anti-refluxo. Quando o conteúdo do estômago, em geral muito ácido, atinge a mucosa esofágica, este tecido reage com um processo inflamatório, originando a Esofagite de Refluxo.

A causa mais comum de DRGE é a incapacidade que tem o esfíncter (válvula cárdia) inferior do esôfago de reter o conteúdo do estômago, provocando a regurgitação. A Hérnia de Hiato, mesmo assintomática, é outro fator que pode causar o refluxo. Acidez elevada, bem como excessiva produção de ácido gástrico podem contribuir para a ocorrência da doença, além de hipercalcemia e Colelitíase (pedras na vesícula). Acrescenta-se que a ingestão de alimentos condimentados, gordurosos, uso do fumo e álcool, maus hábitos de alimentação, Obesidade, dormir logo após a refeição, e excesso de comida nas refeições são fatores que ocasionam ou pioram os efeitos do refluxo.

Azia/Pirose é a principal queixa, e raramente não ocorre. Pode piorar, por exemplo, quando se dobra o peito sobre a barriga, ou quando se deita com o estômago cheio. É referida como ardência ou queimação, correndo por trás do esterno. A azia pode ser tão intensa como uma dor no peito, causando impressão de infarto cardíaco. Pode ocorrer também um aumento da salivação, a sialorréia, que é um reflexo natural, porque a deglutição dessa saliva alivia a queimação, como se fosse um antiácido natural. A regurgitação é a percepção da volta do conteúdo estomacal no sentido da boca, sem enjôo ou vômito, freqüentemente com azedume ou amargor. Não raro determina tosse, pigarro e alterações da voz e engasgo. A ocorrência de falta de ar com chiado no peito, como a asma, pode ser desencadeada pelo refluxo. Sensações de bola na garganta, desconforto ao engolir, fortes dores em aperto ou espasmos no meio do peito representam uma desorganização das contrações faringo-esofágicas, responsáveis por levarem ao estômago aquilo que ingerimos. Esses sintomas são considerados complicações do refluxo, e levam o nome geral de dismotricidade esofágica. Dor crônica no ouvido, náusea e sinusite também podem fazer parte dos sintomas da DRGE.

Na criança, ainda no primeiro ano de vida, pode ocorrer um refluxo gastro-esofágico excessivo, levando à devolução da mamada, engasgos, choro excessivo e sono interrompido que, quando repetitivo, predispõe a infecções e distúrbios respiratórios.

Entretanto, a ocorrência eventual de pirose não significa um caso da doença, embora sua ocorrência em períodos relativamente curtos seja indicativo de seu desenvolvimento. Os sintomas de pirose e dor podem ser aliviados com a ingestão de antiácidos. A presença de bile refluída do duodeno parece ter muita importância em um tipo mais grave de DRGE, chamado de Esôfago de Barrett, intimamente ligado ao câncer do esôfago.

O relato do paciente adulto jovem pode levar ao diagnóstico, sem necessidade de exames. A radiografia da transição esofagogástrica, enquanto se deglute um contraste rádio-opaco, pode demonstrar tanto a hérnia, quanto o refluxo.

A Endoscopia Digestiva Alta (EDA) é um exame para visualizar o esôfago, estômago e duodeno, passando um fino feixe de fibras óticas através da boca. A evolução da qualidade dos equipamentos, da eficiência da anestesia local da garganta, a eficácia e a segurança da sedação do paciente tornaram a endoscopia um exame simplificado. Além disso, pode ser repetida para controle dos resultados do tratamento e, mais recentemente, para procedimentos terapêuticos especiais. Uma tela recebe e amplifica com nitidez as imagens das áreas sob inspeção direta, permitindo também fotos e filmes para reexaminar os achados. Pode mostrar a incompetência da válvula de retenção gastro-esofágica e a hérnia de hiato. O mais importante é que permite ver manchas vermelhas, placas esbranquiçadas e úlceras, principalmente na mucosa do esôfago inferior, sugestivas de graus variados da Esofagite de Refluxo. A endoscopia facilita a coleta de material destas lesões para exame histopatológico, no qual se pode definir a inflamação, avaliar um potencial cancerígeno e até diagnosticar o câncer.

A Cintilografia do trânsito esôfago-gástrico é um método que tem sido usado mais na criança em que se administra uma mamadeira normal, contendo uma quantidade inofensiva de substância radioativa. A cintilografia capta e registra imagens da radioatividade descendo para o estômago, ou do estômago refluindo para o esôfago. É uma metodologia não invasiva, indolor e ambulatorial. Entretanto, nem sempre capta o refluxo, pois este não é permanente.

O estudo da pressão interna ao longo do esôfago (Manometria), assim como a verificação do refluxo da acidez do estômago para o esôfago (pHmetria de 24 horas) detectam variações naturais e anormalidades capazes de diagnosticar a DRGE. São métodos que chegaram à rotina clínica há relativamente poucos anos. Precisam ser usados quando os demais têm resultados insatisfatórios, e para estudar parâmetros antes e depois do eventual tratamento cirúrgico da doença do refluxo.

Em geral, o tratamento é clínico, com medidas educativas associadas aos medicamentos. A vídeolaparoscopia vem facilitando o método cirúrgico, aplicado a casos selecionados, com resultados muito bons.

Além de combater a obesidade, é importante evitar grandes volumes às refeições, e de deitar nas primeiras duas horas seguintes. Algumas pessoas beneficiam-se de dormir numa cama elevada pelos pés da cabeceira, em 20 a 25 cm. Outras, não se adaptam à posição, incham os pés, doem as costas, etc. Há controvérsias sobre restrição de diversos alimentos. Ajudam no controle dos sintomas algumas medidas como: evitar a bebida alcoólica, não deglutir líquidos muito quentes, ingerir um mínimo de líquidos durante ou logo após as refeições, evitar a ingestão de chá preto e café puro com estômago vazio.


Os medicamentos mais usados são os que diminuem o grau da acidez no estômago e aqueles que inibem a produção de ácido pelas células do estômago. Outros remédios de um grupo chamado de pró-cinéticos destinam-se a facilitar o esvaziamento do conteúdo estomacal para o intestino, minimizando a quantidade capaz de refluir para o esôfago. Uma queixa importante dos pacientes é a recidiva dos sintomas, particularmente da azia, poucos dias após o término dos medicamentos. Nesse momento, surge a questão do tratamento por tempo indeterminado ou do tratamento cirúrgico. Vale dizer que o tratamento clínico combate muito bem os sintomas, mas não modifica a hérnia hiatal e, poucas vezes, muda o refluxo gastro-esofágico propriamente dito. Para os casos mais graves e aqueles que não respondem ao tratamento clínico, pode estar indicado o tratamento cirúrgico, que consiste na correção da hérnia de hiato ou da incontinência do esfíncter inferior do esôfago, através da confecção de uma válvula anti-refluxo (fundoplicatura) com o fundo gástrico, que envolve total ou parcialmente o esôfago. As vias de abordagens são a laparotomia (método tradicional, com um corte vertical de cerca de 10-15 cm acima da cicatriz umbilical), ou a laparoscopia (método mais recente em que são realizadas 4 ou 5 pequenas incisões, de cerca de 1 cm cada, por onde são inseridos o instrumental cirúrgico e uma pequena câmera de vídeo). Recentemente foi aprovada a técnica endoscópica, trans-oral, para a correção do refluxo.

Placar da saúde - 6ª competência

Placar da saúde - 6ª competência

Placar da Saúde do CMS Vila Canoas. 6ª competência 2013 do SIAB (01/06 a 30/06/2013), atualizado de acordo com os dados de Prontuário Eletrônico.




1 de julho de 2013

CUIDADOS DE HIGIENE

CUIDADOS DE HIGIENE



Cuidados de higiene.
Patrycia Araujo – Médica de Família do CMS Vila Canoas.







DENGUE

DENGUE



Dengue.
Patrycia Araujo – Médica de Família do CMS Vila Canoas.






ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.



Alimentação saudável.
Patrycia Araujo – Médica de Família do CMS Vila Canoas.
















ANAFILAXIA

ANAFILAXIA



Anafilaxia.
Fonte: site da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Patrycia Araujo – Médica de Família do CMS Vila Canoas.


Pacientes asmáticos têm maiores taxas de anafilaxia e, quanto mais severa a asma, maior o aumento no risco, de acordo com estudo recente publicado no site da Sociedade Brasileira de Pediatria. O risco de anafilaxia foi duas vezes maior em pacientes com asma não-severa, comparados com não asmáticos, e três vezes maior no grupo com asma severa. Mulheres asmáticas tiveram maior risco de anafilaxia que homens (22,65 contra 19,56 por 100.000 pessoas/ano). Este estudo é um dos primeiros a avaliar a freqüência da anafilaxia em pacientes com asma, realizado pelo Centro Espanhol para Pesquisa Farmaco-epidemiológica de Madri, com uma amostra randômica de 177.000 crianças e adultos com asma, sendo 45.103 (25,5%) com doença severa, e 200.000 pessoas sem asma. As informações desses indivíduos vieram do Health Improvement Network, um registro de dados de indivíduos de 10 a 79 anos. Todos os pacientes tiveram pelo menos um contato com clínico geral no ano anterior à admissão no estudo. Entre 1996 e 2005, houve 382 casos incidentes de anafilaxia, incluindo 262 casos na coorte de asma. A incidência de anafilaxia (por 100.000 pessoas/ano) foi de 50,45 na coorte de asma e 21,28 na saudável. A incidência foi maior em pacientes com asma severa que naqueles com asma não-severa (65,35 contra 43,01 por 100.000 pessoas/ano). Dentro da população geral com asma, alergias a medicamentos e alimentos foram as causas mais comuns de anafilaxia. Em participantes com e sem asma, o risco de anafilaxia foi aumentada entre aqueles com rinite alérgica (1,76 e 1,61 respectivamente) ou dermatite atópica (1,69 e 2,83), e naqueles tomando antihistamínicos, esteróides orais ou antibióticos. Ninguém no estudo faleceu, que é um achado consistente com a baixa letalidade para anafilaxia relatada em estudos anteriores.

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