2 de janeiro de 2014

ALOPÉCIA AREATA




Alopécia Areata.
Por: Patrycia Araujo - Médica do CMS Vila Canoas.

Alopecia Areata é um quadro clínico com perda de cabelo localizada em áreas bem delimitadas, em áreas arredondadas ou ovais do couro cabeludo ou de outras partes do corpo. Alopecia Areata ocorre em 1% a 2% da população. Afeta ambos os sexos, todos os grupos raciais, e pode surgir em qualquer idade, embora em 60% dos casos seus portadores tenham menos de 20 anos. A perda de cabelo é assintomática, mas alguns pacientes se queixam de prurido ou queimação que precedem o aparecimento das placas. Geralmente, as áreas em que o cabelo cai são bem delimitadas e esparsas pelo couro cabeludo, mas podem se tornar confluentes e evoluir para a queda total de cabelo e de pelos do corpo (alopecia totalis). Alterações na superfície das unhas surgem em 10 a 50% dos casos.


A história natural da doença é extremamente variável. Durante a vida, podem ocorrer diversos episódios de queda, seguidos de recuperação parcial ou total do cabelo perdido. Pode haver queda num local, e crescimento em outros, mas, a perda também pode ser irreversível. Quando o cabelo volta a crescer, geralmente é branco e fino para, depois, adquirir cor e consistência normais. Com ou sem tratamento, crescimento parcial ou completo deve ser esperado dentro de um ano, nos casos de alopecia em placas.

 

Embora o diagnóstico possa ser feito pela simples aparência das áreas sem cabelo, circunscritas, em certos casos há necessidade de fazer biópsia da pele afetada para afastar outras causas de alopecia. Em 10% a 40% dos casos, há outras pessoas na família com o mesmo problema. De 7% a 10% dos pacientes desenvolvem formas graves de alopecia crônica. Quando a alopecia areata instala-se antes dos dois anos de idade, 55% das crianças mais tarde evoluem para alopecia totalis.

 

Diversos genes têm sido implicados na suscetibilidade à Alopecia Areata; eles provavelmente interagem com fatores ambientais, como o estresse ou a presença de microorganismos, para disparar uma resposta imunológica anômala que lesa o folículo piloso. Em 20% a 30% dos casos, a Alopecia está associada com outras enfermidades de natureza imunológica: tireoidites, diabetes, lúpus, vitiligo, Rinites e outras condições alérgicas.

O tratamento não é obrigatório, porque não previne novas recidivas, uma vez que a condição é benigna e tende a regredir espontaneamente, mas costuma ser indicado porque a alopecia pode causar distúrbios psicológicos importantes. Nos adultos com menos de 50% de envolvimento do couro cabeludo, o tratamento de primeira linha são as injeções locais de derivados da cortisona. Nos pacientes que respondem bem, o crescimento pode ser notado 4 a 8 semanas. As injeções são repetidas a cada 4 ou 6 semanas. Nos casos em que a queda de cabelo foi rápida, extensa e duradoura, os resultados são pobres. Se depois de 6 meses não houver resposta, o tratamento pode ser interrompido. A aplicação tópica de cremes contendo corticosteróides é uma opção menos eficaz do que a injeção, mas bastante empregada, especialmente em crianças, para evitar a dor que as injeções locais provocam. Soluções de Minoxidil a 1%, 2% ou até 5%, substância que estimula a síntese de DNA no folículo piloso, aplicadas duas vezes por dia, demonstram eficácia em 20% a 45% dos casos. Tratamento local com creme de antralina, uma substância com propriedades antiproliferativas, tem sido empregado com resultados variáveis.

0 comentários:

Postar um comentário

Contato

Fale Conosco

Entre em contato com nossa unidade, fale com nossos profissionais e tire suas dúvidas quanto aos nossos programas

Endereço

Estrada das Canoas, 610 - São Conrado

Funcionamento

De Segunda a Sexta das 08h às 17h

Telefone

(21) 3322-6302

Tecnologia do Blogger.