CMS VILA CANOAS

Estrada das Canoas, 610 - São Conrado - Rio de Janeiro - RJ | CEP: 22610-210 | ☎ Telefone: (21) 3322-6302
Funcionamento: Segunda-feira a Sexta-feira das 08h às 17h
Gerente: Jemina Prestes | CNES 3796310 - ESF: 01 | ESB: 00

COMO CHEGAR FALE CONOSCO

Serviços e Metas

Acolhimento

Orientações sobre o nosso atendimento.

Saiba Mais

Nossas Metas

Ações em prol de assegurar a saúde com qualidade.

Saiba Mais

Multimídia

Acesso ao conteúdo audiovisual da unidade.

Saiba Mais

Nossa Equipe

Nossos profissionais e território de atuação

Saiba Mais

Postagens Recentes

20 de janeiro de 2014

ESTEATOSE HEPÁTICA

ESTEATOSE HEPÁTICA





Esteatose Hepática
Patrycia Araujo_Médica do CMS Vila Canoas

Esteatose Hepática é uma condição reversível na qual grandes vacúolos de gordura do tipo Triglicerídeo se acumulam nas células do fígado. Apesar de ter diversas causas, ocorre principalmente em pessoas que consomem álcool em excesso, e obesos (com ou sem efeitos da resistência à insulina). Essa condição também é associada com outras doenças que influenciam no metabolismo da gordura. O fígado é um órgão de primordial importância, sendo a principal unidade de fabricação e armazenagem do nosso organismo, e um dos responsáveis pelo metabolismo de proteínas, açúcares e gorduras que ingerimos na alimentação. Nosso fígado possui normalmente pequenas quantidades de gordura, que compõe cerca de 10% do seu peso. Quando o acúmulo de gordura excede esse valor, estamos diante de um fígado que está acumulando gordura dentro do seu tecido. A esteatose hepática pode ser dividida em Doença gordurosa alcoólica do fígado (quando há abuso de bebida alcoólica) ou Doença gordurosa não alcoólica do fígado, quando não existe história de ingestão de álcool significativa.


Causas: A esteatose hepática é mais comum no sexo feminino, provavelmente por ação do estrogênio. As causas mais freqüentes são as Hepatites virais, a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, a obesidade e o diabetes mellitus tipo 2 não controlado. Mais de 70% dos pacientes com esteatose hepática são obesos. Quanto maior o sobrepeso, maior o risco de desenvolver a doença. Uma de cada cinco pessoas com sobrepeso desenvolvem Esteato-hepatite não alcoólica. Outras causas são a dieta pobre em proteínas, Desnutrição ou rápida perda de grande quantidade de peso, uso de alguns medicamentos como corticóides, amiodarona, AAS, Metotrexato, vitamina A, ácido valpróicotetraciclina, entre outros, a cirurgia de bypass intestinal para tratar situações de obesidade mórbida, e toxinas hepáticas.

Sintomas: a doença costuma não apresentar sintomas, sobretudo se desenvolvida de forma progressiva. Nos casos em que aparece subitamente, pode causar dor na parte superior direita do abdômen, icterícia, boca seca, sensação de "ressaca" como indisposição após alimentações um pouco mais gordurosas.

Diagnóstico: o primeiro passo para o diagnóstico é a realização de uma história clínica, com o objetivo de identificar causas possíveis para esta situação. O exame físico também é importante, pois permite identificar, através da palpação abdominal, a existência de um fígado aumentado de tamanho (hepatomegalia), com uma superfície lisa e indolor. As análises de sangue que traduzem o funcionamento do fígado revelam apenas ligeiras alterações inespecíficas. Na esteatose hepática, as enzimas do fígado estão geralmente normais, enquanto na esteato-hepatite há aumento das mesmas. O diagnóstico geralmente é feito com exames que permitam visualizar o fígado, como ultrassonografia abdominal, tomografia computorizada, ou ressonância magnética, que evidenciam um excesso de gordura no fígado. O diagnóstico de certeza é feito com a realização de uma biopsia hepática, embora esta não seja, geralmente, necessária. Morfologicamente é difícil diferenciar o fígado gorduroso alcoólico do não-alcoólico.

Não se sabe ao certo como se desenvolve a esteatose hepática. Nem todas as pessoas que ingerem bebidas alcoólicas em excesso, que têm diabetes mellitus, que são obesas ou que tomam corticóides surgem com esta doença. Nas pessoas que desenvolvem esteatose hepática, existem mecanismos anormais que favorecem o acúmulo de gordura no fígado. A gordura em excesso pode vir de outras partes do organismo, ou de uma absorção excessiva de gordura no intestino proveniente da alimentação. Pode também ser devida a uma diminuição da degradação e remoção de gordura pelo fígado.

Tratamento: esta doença não tem um tratamento específico. Quanto maior e mais prolongado for o acúmulo de gordura no fígado, maiores são os riscos de lesão hepática. Quando há gordura em excesso e por muito tempo, as células do fígado podem sofrer danos, ficando inflamadas. Este quadro é chamado de esteato-hepatite ou hepatite gordurosa. A esteato-hepatite é um quadro bem mais preocupante que a esteatose, já que cerca de 20% dos pacientes evoluem para cirrose hepática. Portanto, a esteatose hepática é um estágio anterior ao desenvolvimento da esteato-hepatite que, como o próprio nome diz, é uma hepatite causada por excesso de gordura. Nem todo paciente com esteatose hepática irá evoluir para esteato-hepatite.



Devem adotar-se medidas que conduzam à regressão e ao desaparecimento da esteatose, ou que evitem a progressão para situações mais graves de inflamação, fibrose, cirrose hepática, e Câncer de Fígado. Estas medidas são adotadas tendo em conta a causa desencadeante, visando a eliminação dessa causa, ou o tratamento da doença de base. Se a causa é a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, então há que suspender essa ingestão o mais rapidamente possível, recorrendo sempre ao apoio médico para se evitarem situações de abstinência alcoólica. Se a causa for a obesidade, devem adotar-se medidas que visem a perda de peso. Se esta doença estiver sendo provocada por um determinado medicamento, há que substituí-lo por outro de efeito equivalente, nunca esquecendo que essa substituição só deverá ser realizada pelo seu médico. Nos casos devidos a erro alimentar, é importante corrigir essa deficiência.




Um exemplo de tratamento da doença de base são os doentes com diabetes mellitus mal controlada que desenvolvem esteatose hepática. Nesta situação, o doente deve esforçar-se por manter os níveis de açúcar no sangue dentro dos valores normais, conseguindo assim reverter a esteatose, com acompanhamento médico e uso de medicamentos em casos especiais, acompanhamento nutricional e atividade física programada. A perda de peso é, talvez, a mais importante medida terapêutica. Todavia, deve-se limitar a perda de peso ao máximo de 1,5 kg por semana para se evitar uma piora do quadro. A prática regular de atividade física também ajuda muito, pois diminui o colesterol, o Triglicerídeo, a Glicose e aumenta o efeito da insulina. Em doentes com obesidade mórbida, a cirurgia bariátrica pode ser uma opção.

13 de janeiro de 2014

DERMATOFITOSE

DERMATOFITOSE




As dermatofitoses ou tinhas ou frieiras são micoses superficiais que podem acometer pêlos, unhas e pele, provocadas por fungos queratinofílicos chamados dermatófitos.

Os Dermatófitos são fungos filamentosos que formam hifas organizadas em micélios. Alimentam-se da proteína humana queratina. Infectam os tecidos superficiais constituídos por células mortas e queratinizadas, como as da pele, pêlos e unhas, mas não afetam tecidos vivos. Em cultura ou na vida livre não parasitária apresentam estruturas de reprodução sexual, mas no homem reproduzem-se assexuadamente. Também é conhecido como frieira. A Dermatofitose é endêmica em todo o mundo. Alguns como o M.gypseum são geofílicos, ou seja, existem no solo e infectam por contacto continuado com o mesmo. Outros infectam principalmente animais, como o M. canis, podendo contaminar também pessoas.


Sinais e sintomas: As tinhas nunca são perigosas, já que o fungo não está equipado para invadir o corpo. Ele alimenta-se apenas das células mortas queratinizadas da pele, unhas ou pêlos. Contudo é de difícil resolução, porque o sistema imunitário não tem acesso a esses tecidos externos mortos.


Há vários tipos de tinhas ou dermatofitoses:

A Tinea corporis: afeta a pele sem pelos do corpo. É a que possui maior incidência, sobretudo nas pessoas mais obesas. Causada pelos fungos M. canis ou T.mentagrophytes.

 

A Tinea pedis (o vulgar "pé-de-atleta") caracteriza lesões vesiculosas nos espaços interdigitais ou lesões com escamação nas regiões plantares do . Causada pelas espécies T.rubrum, T.mentagrophytes ou E.floccosum.





A Tinea Cruris caracteriza lesões eritemato-escamosas (vermelhas), mas regiões inguinais (zona dos genitais).

A Tinea unguium é a tinha das unhas, e pode ser causada por quase todas as espécies de dermatófitos. As lesões apresentam um aspecto variável, desde simples manchas esbranquiçadas a espessamentos com destruição da lâmina externa da unha e hiperqueratose subungueal (unha amarela grossa). Na Onicomicose, há sobreinfecção por Candida albicans.


A Tinea barbae é causada por agentes dermatófitos zoofílicos (de animais) e a sua incidência, além de baixa, é quase exclusiva de meios rurais. As lesões são localizadas na face, na zona com barba, e podem ser superficiais (anulares com bordos vesiculo-pustulosos) ou profundas (massas nodulares infiltradas de cor vermelho-arroxeada).


A Tinea capitis, a tinha favosa ou favo tem como agente etiológico T. schoenleinii, surge em qualquer idade e é caracterizada pelo aparecimento de placas escamo-crostosas de cor amarelada, em forma de favo e com o "cheiro de rato". Leva à queda do cabelo e alopécia definitiva.


A Tinea tonsurante tricofítica tem como agentes T. tonsurans, T. violaceum e T. rubrum, e é caracterizada pelo aparecimento de muitas, mas pequenas placas onde o cabelo cai (as placas contêm os cotos do cabelo tonsurado). Estes voltarão a crescer, pois a tinha evolui para a cura espontânea, normalmente na puberdade, embora possa vir a persistir no adulto.

A Tinea tonsurante microspórica tem como agentes M. canis e M. audouini, e surge de uma forma muito contagiosa, principalmente nos jovens. É caracterizada pelo aparecimento de placas grandes e de limites circulares, ao nível das quais a tonsura é total. Cura espontaneamente na puberdade sem deixar vestígios.

Diagnóstico: As tinhas podem manter-se para sempre, especialmente nas zonas úmidas e interdigitais, contudo o tratamento pode resolver as infecções ou diminuir a sua intensidade. O diagnóstico é dado pela observação das características das lesões. Em certos casos, faz-se necessária a cultura e observação posterior com o uso de microscópio óptico para estabelecer com precisão o agente etiológico.


O tratamento normalmente é prolongado, variando de semanas até meses. Entre os fármacos mais utilizados, é possível citar: fluconazol, cetoconazol, griseofulvina, terbinafina, clotrimazol, nistatina, entre outros.

12 de janeiro de 2014

FASCITE PLANTAR

FASCITE PLANTAR




Fascite Plantar.
Patrycia Araujo – Médica do CMS Vila Canoas.

Fascite Plantar se refere a uma dor plantar originada na fascia plantar. Ela se caracteriza por uma inflamação ocasionada por microtraumatismos de repetição na origem da tuberosidade medial do calcâneo. As forças de tração durante o apoio levam ao processo inflamatório, que resulta em fibrose e degeneração das fibras fasciais que se originam no osso. A Fascite Plantar surge com maior frequência em indivíduos obesos e ocorre quando há muita tensão ou o uso excessivo da faixa de tecido denso da sola do pé. Isso pode provocar dor e dificuldade para caminhar.



Fascia Plantar é uma faixa apertada de tecido conjuntivo fibroso denso que prende o calcâneo à base dos dedos do pé, servindo como viga para a manutenção do arco longitudinal medial. O tendão de Aquiles também se prende no calcâneo. Se o tendão está muito tenso, há uma redistribuição ao longo da fáscia. Se seu pé fica instável durante tempos críticos ao andar, o arco dobra puxando a fáscia plantar. Muita tensão pode rasgá-la, o que resultará em dor e edema local. A fáscia plantar retém músculos e tendões na planta do pé e nos dedos, reduz a compressão das artérias e nervos plantares e digitais, e auxilia o retorno venoso. Parte da fáscia profunda, inferior às estruturas plantares, é chamada aponeurose plantar.


A Fascite Plantar atinge cerca de 10% da população em pelo menos um momento da vida, e sua causa mais comum é de origem mecânica, envolvendo forças compressivas que ampliam o arco longitudinal do pé. 60% do peso corporal estão distribuídos sobre o calcanhar, de 31 a 38% na região da cabeça dos metatarsos e somente cerca de 5% na região medial do pé.

A fascite plantar não é a mesma coisa que esporão do calcâneo. Quando ocorre a lesão próximo ao osso, este pode tentar se curar produzindo osso novo. Isto resulta no desenvolvimento de um esporão de calcâneo. Sem a espora, a condição é chamada de fascite plantar, que é apenas a lesão muscular. O esporão de calcâneo é uma formação óssea reativa em forma de esporão (espícula óssea), localizada na face plantar do calcâneo. Pessoas com esta patologia têm dor na região plantar sob o calcâneo. Alguns artigos afirmam que o esporão é uma consequencia da fascite plantar. O esporão do calcâneo faz parte do quadro, e se caracteriza por um crescimento ósseo no calcâneo, mas é importante salientar que a dor do esporão não ocorre na fáscia plantar, e sim nas lesões causadas pela espícula óssea que se formou no osso do calcâneo, passando a agredir o músculo flexor curto dos dedos, adjacente a fáscia. Apenas 50% das pessoas com fascite plantar têm esporão, e 10% das pessoas sem dor no calcâneo também tem esporão.


Fatores de risco: falta de flexibilidade do arco longitudinal da fascia plantar, rigidez da musculatura da panturrilha, corridas de longa distância, sendo uma anomalia comum entre corredores, calçados inadequados à curva do pé ou frouxos, obesidade, permanência por longos períodos em pé, danças, incluindo especialidades como o ballet e danças aeróbicas, problemas no arco do pé, como pé chato e pé cavo, aumento súbito de peso, tensão/encurtamento no tendão de Aquiles, que liga os músculos da panturrilha ao tornozelo, alterações na formação do arco dos pés, pisada errada, esforço excessivo da sola do pé.

As manifestações da Fascite Plantar caracterizam-se pela dor local ao redor da base do calcâneo e no arco plantar, principalmente ao levantar-se da cama, ou após um período de repouso. A dor é crónica e melhora após a movimentação, sendo reincidente e diária. A Fascite Plantar é resultado de uma desordem nas fibras da aponeurose plantar, causada possivelmente por anormalidades anatômicas e pelo seu uso excessivo. A fascite plantar afeta geralmente homens ativos com idades entre 40 e 70 anos, sendo uma das reclamações ortopédicas mais comuns relacionadas aos pés. A queixa mais comum é dor e rigidez na sola do pé. A dor no calcanhar pode ser leve ou aguda. Também pode ocorrer dor ou sensação de queimação na sola do pé. A dor normalmente é pior: pela manhã, ao dar os primeiros passos, depois de ficar em pé ou sentado por algum tempo, ao subir escadas, após atividades físicas intensas. A dor pode se desenvolver lentamente com o passar do tempo ou repentinamente após atividade intensa.


Tratamento:

1. Alongamento de panturrilha normalmente têm uma participação na fáscia plantar. Exercícios com panos e bolas de tênis podem cooperar com o alongamento da fáscia plantar.


2. Repouso.

3. O uso de fitas desportivas. Com o auxílio de fitas apropriadas do tipo adesivo, há uma maior proteção da fáscia plantar, auxiliando na recuperação. A fita tem resultado porque, ao ser posicionada em certos lugares, elimina a tensão que provocou a inflamação. Na maioria dos casos, apresenta melhora imediata sendo, entretanto, desapropriada se houver envolvimento nervoso.

 

4. Gelo (crioterapia) é recomendado em lesões agudas, recentes. A água quente (termoterapia) é recomendada em lesões crônicas, antigas e reincidentes. O gelo é analgésico e anti-inflamatório. O calor normalmente incomoda a maioria dos pacientes com fascite plantar, apesar de ser o recomendado. O gelo pode ser mais eficiente. O procedimento é aplicar o gelo até não sentir a sola do pé, cuidando para prevenir queimaduras de frio.

5. As palmilhas ortopédicas melhoram substancialmente a dor, mas não a cura. São chamadas de órteses, feitas sobre medidas, e acha-se facilmente em lojas de podologia. Elas influenciam na pisada.

6. Anti-inflamatórios somente servem em caso de início de inflamação.

7. Um método que é pouco utilizado e visto como antigo é a utilização dos "splints", aparelhos que mantêm o tornozelo em 90° para manter a musculatura posterior da perna e a própria fáscia alongada durante a noite.

  

8. Crochetagem é uma nova técnica manipulativa, desenvolvida pelo fisioterapeuta sueco Kurt Eeckman, colaborador do Dr. James Cyriax, que age também no tratamento da membrana. A técnica baseia-se na utilização de ganchos ou "crochets", que são utilizados na quebra das aderências do sistema músculo-esqueletico. Divide-se em três fases sucessivas: Palpação digital, palpação instrumental e fibrólise. Há ainda, a técnica perióstea e a drenagem. Seu objectivo principal é o rompimento de pontos de fibrose, geralmente causados pela acumulação de cristais de oxalato de cálcio nos planos aponeuróticos, causando irritação. A fibrólise consiste em uma tracção complementar, realizada com a mão que segura o gancho, ao final da fase de tração instrumental. Essa fase corresponde ao tempo terapêutico. A palpação digital consiste em uma espécie de amassamento digital, que permite um delineamento da área a ser tratada. A palpação instrumental, realizada com o gancho que melhor se adapte a estrutura a ser tratada, serve para a localização precisa das fibras conjuntivas aderentes e os corpúsculos fibrosos, e é realizada colocando-se a espátula do gancho junto ao dedo indicador da mão esquerda.

9. O ultrassom auxilia com vibrações moleculares de tecidos ricos em água. Quando as moléculas de água são colocadas num campo electrostático, elas sofrem variações constantes na sua localização, e esta vibração irá gerar calor na célula, aumentando o metabolismo e causando vasodilatação. O calor interno faz com que acelere a cicatrização.

10. Infravermelho, luz apontada ao pé, tem o objetivo de agir como o ultra-som, porém na parte mais externa.

11. Terapia por Ondas de Choque Extracorpórea ou E.S.W.T. (Extracorporeal Shock Waves Therapy). Com auxílio de elétrodos, o fisioterapeuta estimula o músculo da fáscia. O método apresenta ação analgésica, minimamente invasivo, com efeitos colaterais insignificantes, bem tolerado, e seguro para o paciente. Segundo dados estatísticos, resultados positivos somam 85% de melhora da Fascite Plantar em relação a esse tratamento. Indicação: dor típica à digitopressão, carga (início de marcha e durante marcha), tratamento conservador sem sucesso por mais de 3 meses. Exclusão às ondas de choque: Idade menor que 18 anos, gravidez, alterações vasculoneurológicas, infecção local, tumores, doenças de coagulação sanguínea.

12. EPF (Endoscopic plantar fasciotomy) ou fasciotomia plantar endoscópica, ou ainda ressecção de fáscia plantar é uma cirurgia para tratamento da Fascite Plantar, e representa a última opção de tratamento. A taxa de sucesso varia entre 37% a 60%, dependendo da complexidade. O procedimento requer um bom nível de habilidade. Ele é feito em aproximadamente 30 minutos. Após a anestesia, o cirurgião cortará uma porção da fáscia no calcanhar. Duas incisões são feitas a cada lado do calcanhar. Uma câmara endoscópica avalia a tensão da fáscia. Assim, um novo tecido preencherá o espaço. A recuperação depende de idade, peso e atividade do paciente, ficando entre 1 a 3 meses de repouso. Complicações compreendem enroscamento nos nervos e severo desconforto.

Em havendo Esporão do Calcâneo, a remoção do osso em crescimento nem sempre é bem sucedida, e em alguns casos são constatados casos de fraturas. A remoção do anexo ósseo da fáscia plantar diminui o arco do pé e apresenta melhorias aos sintomas.

Normalmente, faz-se aconselhamento do paciente com o fisioterapeuta, que prescreve a técnica a ser útil e os tratamentos coadjuvantes para a reabilitação do pé. Há também a possibilidade de aplicações de injecções de cortisona, que é um tratamento mais drástico, e somente será feito pelo médico caso todo o tratamento se mostre inútil.

2 de janeiro de 2014

Placar da Saúde - 12ª Competência

Placar da Saúde - 12ª Competência

Placar da Saúde do CMS Vila Canoas. 12ª competência 2013 do SIAB (01/12 a 31/12/2013), atualizado de acordo com os dados de Prontuário Eletrônico.

ALOPÉCIA AREATA

ALOPÉCIA AREATA




Alopécia Areata.
Por: Patrycia Araujo - Médica do CMS Vila Canoas.

Alopecia Areata é um quadro clínico com perda de cabelo localizada em áreas bem delimitadas, em áreas arredondadas ou ovais do couro cabeludo ou de outras partes do corpo. Alopecia Areata ocorre em 1% a 2% da população. Afeta ambos os sexos, todos os grupos raciais, e pode surgir em qualquer idade, embora em 60% dos casos seus portadores tenham menos de 20 anos. A perda de cabelo é assintomática, mas alguns pacientes se queixam de prurido ou queimação que precedem o aparecimento das placas. Geralmente, as áreas em que o cabelo cai são bem delimitadas e esparsas pelo couro cabeludo, mas podem se tornar confluentes e evoluir para a queda total de cabelo e de pelos do corpo (alopecia totalis). Alterações na superfície das unhas surgem em 10 a 50% dos casos.


A história natural da doença é extremamente variável. Durante a vida, podem ocorrer diversos episódios de queda, seguidos de recuperação parcial ou total do cabelo perdido. Pode haver queda num local, e crescimento em outros, mas, a perda também pode ser irreversível. Quando o cabelo volta a crescer, geralmente é branco e fino para, depois, adquirir cor e consistência normais. Com ou sem tratamento, crescimento parcial ou completo deve ser esperado dentro de um ano, nos casos de alopecia em placas.

 

Embora o diagnóstico possa ser feito pela simples aparência das áreas sem cabelo, circunscritas, em certos casos há necessidade de fazer biópsia da pele afetada para afastar outras causas de alopecia. Em 10% a 40% dos casos, há outras pessoas na família com o mesmo problema. De 7% a 10% dos pacientes desenvolvem formas graves de alopecia crônica. Quando a alopecia areata instala-se antes dos dois anos de idade, 55% das crianças mais tarde evoluem para alopecia totalis.

 

Diversos genes têm sido implicados na suscetibilidade à Alopecia Areata; eles provavelmente interagem com fatores ambientais, como o estresse ou a presença de microorganismos, para disparar uma resposta imunológica anômala que lesa o folículo piloso. Em 20% a 30% dos casos, a Alopecia está associada com outras enfermidades de natureza imunológica: tireoidites, diabetes, lúpus, vitiligo, Rinites e outras condições alérgicas.

O tratamento não é obrigatório, porque não previne novas recidivas, uma vez que a condição é benigna e tende a regredir espontaneamente, mas costuma ser indicado porque a alopecia pode causar distúrbios psicológicos importantes. Nos adultos com menos de 50% de envolvimento do couro cabeludo, o tratamento de primeira linha são as injeções locais de derivados da cortisona. Nos pacientes que respondem bem, o crescimento pode ser notado 4 a 8 semanas. As injeções são repetidas a cada 4 ou 6 semanas. Nos casos em que a queda de cabelo foi rápida, extensa e duradoura, os resultados são pobres. Se depois de 6 meses não houver resposta, o tratamento pode ser interrompido. A aplicação tópica de cremes contendo corticosteróides é uma opção menos eficaz do que a injeção, mas bastante empregada, especialmente em crianças, para evitar a dor que as injeções locais provocam. Soluções de Minoxidil a 1%, 2% ou até 5%, substância que estimula a síntese de DNA no folículo piloso, aplicadas duas vezes por dia, demonstram eficácia em 20% a 45% dos casos. Tratamento local com creme de antralina, uma substância com propriedades antiproliferativas, tem sido empregado com resultados variáveis.

Infográfico

5 Grupos de Saúde
em nossa unidade.
24,007 Metros Quadrados
é o tamanho da nossa área de abrangência.
1.834 Usuários
beneficiados por nossa unidade.

Como eu Faço

Como eu Faço
Visita domiciliar, acolhimento e atividades de grupo
Vai Acontecer
Grupos e ações promovidos pela unidade que irão acontecer.
Conheça esta história
História contada por um ACS
Saúde nas Escolas
Integração com as escolas e creches locais.
Protagonismo Juvenil
Grupo de adolescentes que apóiam as ações de promoção da saúde existentes na unidade.
Integração
Saúde da Família e Vigilância em Saúde.
Agendamento
Visitas e Consultas
Academia Carioca
Processo de trabalho e os principais resultados obtidos pelos educadores físicos.

Contato

Fale Conosco

Entre em contato com nossa unidade, fale com nossos profissionais e tire suas dúvidas quanto aos nossos programas

Endereço

Estrada das Canoas, 610 - São Conrado

Funcionamento

De Segunda a Sexta das 08h às 17h

Telefone

(21) 3322-6302

Tecnologia do Blogger.