22 de março de 2014
O Cms Vila Canoas, em comemoração ao dia contra o Sedentarismo, realizou uma caminhada ecológica até o alto da Pedra Bonita. O professor de Educação Física Ronaldo Ferreira realizou alongamento antes do início da caminhada. Estiveram presentes, além de moradores da comunidade de Vila Canoas, os profissionais Ronaldo Ferreira, Givaldo De Andrade Lima, Julio Cesar de Oliveira, Elisângela Silva Santos, Luzia Nascimento, Ester Heckert Carneiro e Patrycia Rosallia De Melo Araujo.
14 de março de 2014
GLAUCOMA
Glaucoma – Revisão da literatura por Patrycia
Araujo_Médica do CMS Vila Canoas
Glaucoma é
uma designação genérica para um grupo de doenças distintas que envolvem pressão intraocular, associada à Neuropatia
óptica. A pressão intraocular
elevada é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de glaucoma,
mas é possível uma pessoa desenvolver dano no nervo com pressão intraocular
normal ou não desenvolver mesmo com pressão intraocular elevada durante anos
sem apresentar lesões. Reduzir a pressão diminui a perda visual mesmo nesses
casos. Se não for tratado, o glaucoma leva ao dano permanente do disco óptico
da retina, causando uma perda progressiva
do campo visual.
Glaucoma primário de ângulo aberto é o
tipo mais comum de glaucoma, representando cerca de 90% dos casos registrados,
e freqüentemente começando sem sintomas e demorando muitos anos para causar
perda visual perceptível. Uma das causas pode ser uma obstrução da drenagem
do humor aquoso do
olho.
O
humor aquoso é produzido no corpo ciliar do
olho, fluindo através da pupila para a câmera anterior. A malha trabecular então
drena o líquido para o canal de
Schlemm, e finalmente para o sistema venoso. Todos os olhos possuem alguma pressão
intraocular que é causada pela presença de alguma resistência ao fluxo do humor
aquoso através da malha trabecular e do canal de Schlemm. Se a pressão intraocular (PIO) for alta demais (maior do que
21,5 mm Hg), a pressão nas paredes do olho resultará na compressão das
estruturas oculares. Entretanto, outros fatores, como perturbações no fluxo
sangüíneo, ou no nervo óptico podem interagir com a PIO e afetar o nervo
óptico. Em 30% dos casos de glaucoma primário de ângulo aberto há PIO
estatisticamente normal. Esses casos são chamados de glaucoma de pressão normal. Devido ao fato de exames do
nervo óptico nem sempre serem realizados juntamente com medidas de PIO em
pacientes de risco, o glaucoma de pressão normal é mais raramente diagnosticado
até as condições se apresentarem adiantadas.
Glaucoma de ângulo fechado é caracterizado por um aumento súbitos
da pressão intraocular. Isto
ocorre em olhos susceptíveis quando a pupila dilata e bloqueia o fluxo do
fluido através dela, levando à íris a
bloquear a malha trabecular. Glaucoma
de ângulo fechado pode causar dor e reduzir a acuidade visual (visão borrada), podendo
levar à perda visual irreversível dentro de um curto período de tempo. É
considerada uma situação de emergência oftalmológica e requer tratamento
imediato. Muitas pessoas com esse glaucoma podem visualizar um halo (aro
brilhante) em volta de pontos de luz brilhantes, além da perda de visão
característica da doença.
Glaucoma congênito é uma doença genética rara que atinge bebês. Os recém-nascidos apresentam globos oculares
aumentados e córneas embaçadas. Se considera que a causa da pressão intraocular
elevada nesses casos é causada pela redução da permeabilidade trabecular. O
tratamento é a cirurgia.
Glaucoma secundário ocorre como
uma complicação de várias condições médicas, como cirurgia ocular, catarata avançada, lesões oculares, uveítes, diabetes ou
uso de corticóides.
O
campo de visão em um glaucoma avançado pode ficar cada vez mais restrito e
difuso. Enquanto que o glaucoma pode ou não ter sintomas distintos, uma complicação quase inevitável do
glaucoma é a perda visual. A perda visual causada por glaucoma atinge primeiro
a visão periférica.
No começo a perda é sutil, e pode não ser percebida pelo paciente.
Perdas moderadas a severas podem ser notadas pelo paciente através de exames
atentos da sua visão periférica. Isso pode ser feito fechando
um olho e examinando todos os quatro cantos do campo visual, observando
claridade e acuidade, e então repetindo o processo com o outro olho fechado.
Freqüentemente o paciente não nota a perda de visão até vivenciar a "visão
tunelada". Se a doença não for
tratada, o campo visual se estreita cada vez mais, obscurecendo a visão central
e finalmente progredindo para a cegueira do olho afetado. Esperar pelos
sintomas de perda visual não é o ideal. A perda visual causada pelo glaucoma é
irreversível, mas pode ser prevenida ou atrasada por tratamento.
Pessoas
com histórico familiar de
glaucoma têm cerca de 6% de chance de desenvolver a doença. Diabéticos e negros
são mais propensos a desenvolverem glaucoma de ângulo aberto, e asiáticos têm
maior tendência a desenvolver glaucoma de ângulo fechado. Idealmente, todas as
pessoas devem verificar o glaucoma a partir dos 50 anos, com a freqüência das
checagens aumentando com a idade. Metade
das pessoas que sofrem de glaucoma não sabe disso. A verificação de
glaucoma normalmente é parte do exame ocular padrão feito por um
oftalmologista, e deve incluir medida da pressão
intraocular, além do exame do
nervo óptico em busca de lesões. Se houver qualquer suspeita de lesão
no nervo óptico, deve ser feita uma campimetria. A oftalmoscopia a
laser também pode ser realizada. Tomografia da
cabeça também pode ser feita para buscar outras causas de pressão alta no
crânio. Glaucomas atingem cerca de 1% das pessoas entre 43 e 54 anos, 2% entre
54 e 75, e 5% em maiores de 75 anos, mais de 90% sendo do tipo ângulo aberto.
Diminuir a pressão intra-ocular
elevada até o momento é o principal tratamento contra o Glaucoma. A pressão
intra-ocular pode ser diminuída com medicamentos, geralmente com colírios. Caso
a pressão não diminua com o uso desses medicamentos, uma cirurgia poderá ser
indicada, tanto a cirurgia a
laser (trabeculoplastia) quanto a
tradicional (trabeculectomia). A trabeculoplastia laser pode ser
utilizada para tratamento de glaucoma de ângulo aberto. Um ponto de laser de argônio é apontado à
malha trabecular para estimular a abertura da malha e permitir um aumento no
escoamento do humor aquoso. A cirurgia convencional mais comum realizada para
tratamento de glaucoma é a trabeculectomia. Nela, uma câmara
(bolha) é feita na parede escleral do olho, e uma abertura é feita abaixo da
bolha para remover a porção da malha trabecular. A bolha é então suturada frouxamente
de volta. Isso permite o fluido escoar para fora do olho através desta
abertura, resultando em diminuição da pressão intraocular.
Há
diversas classes diferentes de medicamentos para tratar glaucoma, com diversos
medicamentos em cada classe. O timolol
e o betaxolol diminuem a
produção de humor aquoso. A epinefrina
aumenta o fluxo do humor aquoso através da malha trabecular e possivelmente
através da via úveo-escleral. A pilocarpina
funciona pela contração do músculo ciliar, estreitando a malha trabecular, e
permitindo o aumento do fluxo através das vias tradicionais. A dorzolamida diminui a secreção
do humor aquoso pela inibição da anidrase carbônica no corpo ciliar. O latanoproste aumenta o
escoamento do humor aquoso pela via úveo-escleral.
13 de março de 2014
SAÚDE BUCAL DO BEBÊ
Saúde bucal do bebê. Revisão da literatura, por Patrycia Araujo_Médica do CMS Vila Canoas.
A cárie é o maior
problema dentário em bebês e pré-escolares, mas pode ser 100% evitada. Todas as
crianças podem crescer com um sorriso saudável, se os pais cultivarem bons
hábitos de higiene bucal desde o nascimento. Cuidar bem dos dentinhos do bebê é
essencial, pois a cárie pode atacá-los tão logo comecem a nascer. Os dentes de
leite guardam o lugar dos permanentes. Se acontece de alguns serem perdidos
antes da época, aqueles que permanecem na boca se movem e não deixam espaço
adequado para a dentição permanente. Além disso, cáries podem ser bem dolorosas
e levar a infecções graves.
Cuidados
pré-natais:
É muito importante que os pais tenham hábitos saudáveis em relação aos seus
próprios dentes, pois assim os transmitirão aos filhos mais facilmente. Devem
escovar os dentes pelo menos duas vezes por dia, e utilizar o fio dental. Na
dieta, evitar ao máximo o consumo de açúcar, incluindo o açúcar dos sucos de
frutas. Para matar a sede, dar preferência à água, principalmente entre as
refeições. Além disso, visitar o dentista regularmente.
A prática de bons
hábitos de cuidados dentários começa antes de nascer o primeiro dentinho. A gengiva do lactente deve ser limpa
delicadamente com uma escova de cerdas macias ou com uma gaze depois de cada
mamada.
Desde 1975, a
fluoretação das águas de abastecimento comunitário é obrigatória no Brasil, o
que é uma grande medida de saúde pública para a redução da cárie, porque
fornece Flúor à população, mas isso só ocorre onde existe estação de tratamento
de água. Por outro lado, é bom lembrar que a
grande ação anticárie do flúor se dá na cavidade bucal. Levando-se em
conta a grande variedade de métodos de utilização local do flúor, com especial
destaque para os cremes dentais fluoretados, a tendência dos especialistas é
considerar irrelevante a suplementação oral de flúor.
A
partir da erupção do primeiro dente, todo bebê deve receber escovação, duas
vezes por dia, com creme dental fluoretado. Embora alguns
especialistas recomendem usar um creme dental sem flúor até os dois anos de
idade, pelo temor da fluorose, o
mesmo creme dental dos adultos é seguro, desde que seja colocada uma quantidade
bem pequena na escova. Recomenda-se que bebês menores de dois anos
utilizem no máximo 0,15 g de creme dental (0,2 mg de flúor), o que corresponde
a uma lambuzadela sobre as cerdas da escova.
Hábitos alimentares
são importantes. Jamais compartilhar
a comida com o bebê, nem soprar a sua comida ou lamber seus talheres, assim
como a sua chupeta. Se o bebê for para a cama com uma mamadeira, ela
deve conter somente água. Mamadeiras ou canequinhas de bico também só devem
conter água quando forem usadas entre as refeições. Não oferecer ao bebê
líquidos adoçados, como refrigerantes ou chás. Evitar a ingestão de sucos de
frutas entre as refeições, e limitar mesmo os sucos não adoçados a um máximo de
150 ml por dia. Evitar também doces e balas, principalmente entre as refeições.
Todo lactente deve ser encaminhado ao
dentista no primeiro aniversário.
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria www.sbp.com.br
VACINAÇÃO CONTRA HPV
Revisão da
literatura, por Patrycia Araujo_Médica do CMS Vila Canoas
Começou
em 10/03/2014 a campanha de imunização contra o HPV (a sigla em inglês para o
Vírus Papiloma Humano), que é uma
das principais causas do câncer do colo de útero, associado também a neoplasias
em outros órgãos (ânus, pênis, boca, vagina etc). Serão oferecidas 15
milhões de doses gratuitamente nos 36 mil postos de saúde do país, além de
escolas públicas e privadas.
Neste primeiro ano,
serão vacinadas as meninas de 11 a 13
anos. A vacina utilizada será a quadrivalente, que protege contra os
quatro tipos mais comuns da doença. De acordo com o esquema estipulado pelo
Ministério da Saúde, cada adolescente deverá tomar três doses, sendo a segunda
seis meses depois da primeira, e a terceira cinco anos após a primeira. A meta
da campanha é atingir 80% do público-alvo, formado por 5,2 milhões de meninas.
Em 2015, a campanha se dirige às garotas de nove a 11 anos e a partir de 2016
às de nove anos.
A estimativa da Organização
Mundial de Saúde é que 290 milhões de
mulheres no mundo são portadoras do HPV, dentre as quais 32% foram infectadas
pelos tipos 16 e 18, responsáveis pelo câncer de colo de útero. Avalia-se que
já morreram 270 mil mulheres devido a este tipo de câncer. A transmissão ocorre
pelo contato direto com a pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual
e também da mãe para o filho no momento do parto.
A
melhor forma de enfrentar o câncer de colo de útero é a estratégia que combina
a prevenção primária (vacina), que é mais eficiente para evitar a infecção, com
a prevenção secundária, que detecta as lesões de colo do útero (Exame Papanicolau). A infecção por
algum tipo de HPV é precoce e o ideal é que a imunização ocorra antes do início
da vida sexual. Mas isso não quer dizer que quem já se expôs não deva também
tomar a vacina. É de extrema importância que todos os profissionais de saúde
orientem seus pacientes da faixa etária indicada a tomarem a vacina contra o
HPV.
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria www.sbp.com.br